Por causa disso, também morreram os fiéis do falso Jesus Cristo do Texas e os 48 seguidores da seita Ordem do Templo, liderada por outro fanático, o médico belga Luc Jouret. Eram fiéis demais? Demais ou de menos, aceitaram as ‘verdades’ de pessoas brincando de porta-voz de Deus.
Crer muito além daquilo que Jesus pregou é o mesmo que não crer direito, porque toda seita que não promove a vida esconde a morte da alma ao invés da ressurreição. É enganação demais e oração de menos. Portanto, religião em dose certa é um santo remédio; em dose errada, enlouquece e envenena. Muita gente se entrega totalmente por uma crença, mas não sabe que está mais perto do inferno que do céu.
Quando isso acontece, as pessoas querem mudar radicalmente tudo e todos, e não se importam com mais nada, porque qualquer coisa vira milagre e vontade de Deus. Na maioria das vezes, não passa de vontade de um pregador fanático.
E cuidado com pregadores que só gritam que ‘está na Bíblia’. Pode até estar, mas não para ser seguido ‘ao pé da letra’. Na Bíblia também está escrito: “Se teu olho direito te escandaliza, arranca-o” (Mt 5,29), porém, ninguém vai arrancar um olho do rosto por algum pecado cometido. E, ainda, se fosse o esquerdo que nos escandalizasse, não poderíamos arrancá-lo porque Jesus só falou do direito?
O último a querer que sejamos fanáticos é Jesus. Ele não veio trazer a morte ao pecador, mas a conversão e a vida. Pratique a Palavra como um todo e você terá uma religião plena, cheia de amor. No nosso comportamento, nada deve contrariar os dois maiores mandamentos: amar a Deus e ao próximo de todo coração.