Vila Empresarial e apoio do Estado podem tornar Itajubá um polo industrial único no país

Itajubá – Visando sensibilizar o governo do Estado de Minas Gerais para a importância de apoiar o crescimento de Itajubá, a secretária municipal de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Leandra Machado Santos, a pedido do prefeito Jorge Renó Mouallem, esteve em Belo Horizonte, na última semana, em busca de incentivos para a implementação da Vila Empresarial.

De acordo com ela, a Vila Empresarial consiste em um projeto urbanístico de uma área com 40 lotes, de aproximadamente 1500m² cada, localizada no bairro Ponte Alta, para atender à demanda de crescimento industrial da cidade. Ao se reunir com representantes da SEDE (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico) e da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Leandra expôs que o município de Itajubá possui deficiência de espaços próprios para instalação de indústrias e que precisa, urgentemente, amenizar o prejuízo. “Estamos hoje vivendo o gargalo de não termos tido uma política municipal ao longo dos últimos anos. Itajubá passa por uma explosão de demanda de novas empresas, principalmente por causa da expansão da Helibras, e estamos sem espaços apropriados”, comentou.

Para Leandra, a proposta deve ser vista pelo governante como alavancador da economia local e estadual, refletindo e produzindo resultados em toda Minas Gerais. Entre os argumentos, ela falou da presença de potentes empresas do setor metal mecânico, da força tecnológica e da consolidação de Itajubá ser o segundo pólo aeronáutico do Brasil, contribuindo para o parque nacional de fornecedores. “Pela dimensão do projeto e do crescimento de nossa cidade, poderemos definir as fronteiras de Minas, fortalecendo nossos negócios e tornando-nos a única região do país a fixar indústrias de aeronáutica com perfil tecnológico”, explica. Nesse contexto, vale citar ainda a existência das universidades, dos centros de pesquisas e dos produtos inovadores. “Tudo isso nos difere e impede de gerar qualquer conflito com o pólo aeronaútico de São Paulo”, acrescenta Leandra.

Em andamento
Enquanto busca o entendimento, por parte do Estado de Minas Gerais, da importância de adequar a estrutura industrial de Itajubá para receber estes novos empreendimentos, ou incentivar a expansão dos já existentes no município, o prefeito municipal, Jorge Renó Mouallem, já providenciou ações para as primeiras etapas do projeto.

Em 2009, o município licitou e contratou empresa para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA / RIMA) na área possível de implementação da Vila Empresarial. O projeto urbanístico já foi executado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) e o terreno, de área próxima a 16,00 hectares, será capaz de abrigar cerca de 40 lotes. Até o momento, 12 (doze) empresas já manifestaram a vontade de se instalar neste distrito industrial. “Temos que correr para que as outras empresas não desistam de Minas Gerais”, lembrou o prefeito.