Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à discussão durante um jantar. Trataram todos os detalhes com a garçonete responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.
Assim que iniciou o jantar, foi servida uma saborosa sopa que o homem gostava muito. A garçonete se aproximou pela esquerda, e Modesto prontamente levou seu prato para aquele lado a fim de facilitar a tarefa. Ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente até que ela voltasse. Quando se aproximou novamente, Modesto levou outra vez o prato na direção da jovem, que se distanciou ignorando-o. Servindo os demais, passou rente a ele com a sopeira fumegante, exalando delicioso aroma e, como quem havia concluído a tarefa, retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente para ver sua reação. Com educação, ele chamou a garçonete e lhe disse:
– A senhorita não me serviu a sopa.
Para provocá-lo, ela foi logo desmentindo:
– Servi, sim senhor! O seu prato está limpo porque o troquei há pouco.
Modesto olhou para ela, olhou para o prato vazio e ficou pensativo por alguns segundos. Todos pensaram que ele iria brigar, mas o homem ponderou tranquilamente:
– A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais.
Os amigos, frustrados por não conseguirem fazê-lo discutir, terminaram o jantar convencidos de que nada mais faria aquele homem perder a compostura.
E neste ano de 2014, bom seria se todas as pessoas agissem com discernimento em vez de reagir com irritação, evitando discussões desgastantes e improdutivas. Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se estressa com emoções que provocariam sérios problemas de saúde ou alguma desgraça.
Muitas brigas surgem motivadas por coisas sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão. Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando à prisão, ao hospital ou ao cemitério!
Por isso, é importante aprender a arte de não se irritar e encontrar uma saída inteligente – como fez o homem no restaurante. A pessoa que se irrita aspira o ar tóxico que exterioriza em volta e envenena a si mesma. Vale a pena rezar sempre esta oração:
‘Senhor, fortaleça em nós a fé para que a paciência esteja conosco. Por tua paciência vivemos, por tua paciência caminhamos. Auxilia-nos, por misericórdia, a esperar a tua paz. É por tua paciência que a esperança nos ilumina e a compreensão nos levanta no íntimo da alma. Agradecemos todos os dons que nos dás, mas te rogamos: resguarda a paciência de uns para com os outros, para que estejamos contigo, tanto quanto estás conosco, hoje e sempre. Amém!’
Mas, para que prospere a paz é necessário agirmos com amor, que só será duradouro se existir paciência nos corações. E tudo isso junto – paz, amor e paciência – só é possível com oração. Rezando, o Menino Jesus crescerá dentro de nós ao longo do ano, nos fará entender melhor as provações de cada dia e nos conduzirá a outros natais felizes.
Ninguém discorda que é preciso amar para ser amado, e só quem ama de verdade cultiva os dons divinos que nos trazem graças em abundância. Os frutos da paciência são incontáveis em número, mas muito contados em histórias verídicas de amor ao próximo. Nossa Senhora é o maior exemplo disso, por sofrer com paciência e confiança, aguardando a ressurreição.
Portanto, com a Virgem Maria, sempre é mais fácil caminhar. Rogando a sua proteção, chegamos mais longe na fé e cultivamos o amor. E, nesta música, cantamos nossa disposição em viver com alegria:
‘Maria, ó mãe cheia de graça! Maria, protege os filhos teus! Maria! Maria! Nós queremos contigo estar nos céus. A nossa vida é feita de esperança; paz e flores nós queremos semear. Felicidade, somente alcança quem cada dia se dispõe a caminhar.’
De fato, quem espera com paciência e oração, sempre alcança.