O Yuracan inicia uma nova fase ao se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF), movimento que deve impactar tanto o desenvolvimento econômico de Itajubá quanto o futuro do esporte na cidade.
Para o professor Ronaldo Abranches, Diretor Geral da FACESM, a chegada da SAF coloca o clube em sintonia com a Lei 14.193/2021, que regulamenta esse modelo no Brasil. Ele destaca que o futebol, além de paixão nacional, é uma indústria capaz de movimentar recursos e gerar empregos:
“O futebol é uma máquina de produzir riqueza. Quando um clube recebe investimento e adota gestão profissional, o impacto vai além das quatro linhas, refletindo na economia local, na geração de renda e no fortalecimento do ecossistema de inovação da cidade”, afirmou.
Abranches ressaltou ainda que a profissionalização da administração é essencial para evitar erros comuns em grandes clubes brasileiros, que sofrem com endividamento e má gestão. Segundo ele, a SAF pode atrair especialistas de áreas como administração, direito esportivo, fisiologia e contabilidade, garantindo maior sustentabilidade ao projeto.
No campo esportivo, o treinador Guilherme Mereu avalia que a mudança representa uma oportunidade inédita para jovens talentos da região:
“Sempre foi muito distante para nossos atletas chegar ao futebol profissional. Agora, com a SAF, essa chance está dentro da cidade. É a oportunidade de disputar competições de alto nível, tanto no masculino quanto no feminino”, destacou.
Mereu lembrou, no entanto, que o caminho exige disciplina, dedicação e renúncia: “Não basta gostar de jogar. É preciso treinar duro, ter força de vontade e abrir mão de muitas coisas para chegar ao profissional”.
Com a nova estrutura, o Yuracan passa a sonhar com metas ambiciosas, como disputar a 2ª Divisão do Campeonato Mineiro, além de movimentar a economia local em dias de jogo e gerar perspectivas de crescimento esportivo e social.
Por Redação, com informações de Ronaldo Abranches e Guilherme Mereu