Hoje, uma boa parte da humanidade está em “isolamento social”, mas já parou para pensar que quase toda a humanidade está, faz tempo, e bota tempo nisto, em “ISOLAMENTO ESPIRITUAL”?
Vou explicar o que entendo por “ISOLAMENTO ESPIRITUAL”.
Todos nós temos uma partícula divina dentro de nós mesmos, que nos alenta, que nos move, e esta partícula divina é o nosso próprio espírito.
Só que nós não sabemos muito bem o que ele é, e não nos ensinaram, em realidade, a conhecê-lo e cultivá-lo dentro de nosso mundo interno.
Hoje, vejo que quase todo mundo fala sobre o espírito, sobre o espiritual, e reparo que parece que o termo ficou meio que sem um conceito próprio, ficando assim como algo bem genérico, que numa conversa qualquer, alguém menciona que “isto é espiritual”, e fica subentendido que todos entenderam, mas na verdade, muitas vezes nem o próprio que mencionou sabe muito bem o que disse; muito menos os que ouviram.
Se hoje, reclamamos que estamos “presos” em nossas casas e sentimos este desconforto, imagina o ser divino, o nosso próprio espírito, que está preso faz tempo, como que numa prisão dentro de nossa própria psicologia?!
Como toda nossa “Cultura” está voltada para fora de nós mesmos, ou seja, para o mundo externo, para o mundo material, é claro que nem sobra tempo para dedicarmos ao nosso próprio espírito, e, portanto, ele continua em jejum, trancafiado nesta prisão que involuntariamente, o deixamos aprisionado.
Como posso comprovar a existência deste ser espiritual que anima a minha vida? Bem, tenho certeza de que em algum momento de sua vida, você já se questionou: de onde eu vim, para onde eu vou, e o que que eu estou fazendo aqui neste planeta? Repare que estas perguntas surgem do interno de nosso ser, ou seja, não nos foi feita por professores, pais, amigos, e sim, vieram de dentro de nós mesmos.
Estas perguntas são promovidas pelo nosso próprio espírito, mas somente poucos se dedicam a tentar respondê-las, já que nossas vidas estão quase que inteiramente projetadas para as coisas externas, para o mundo material. E quando vamos tentar respondê-las, não encontramos respostas. Ao buscarmos respostas nas mais diversas correntes de pensamentos “espirituais”, normalmente temos de acreditar nas respostas pré-prontas, e ao aceitarmos sem pensar, podemos estar admitindo falsos conceitos ao invés de verdades comprováveis.
Tenho compreendido que o conhecimento de si mesmo, ou seja, de como estou constituído, quais os recursos que possuo internamente, que capacidades tenho e que desconheço, quais minhas possibilidades metafísicas, quais são minhas limitações, minhas crenças, meus preconceitos, meus pensamentos negativos, e também quais minhas virtudes, meus valores. Isto sim, poderá fazer com que conhecendo gradualmente toda esta realidade interna, e aperfeiçoando-a, poderei dar oportunidade ao meu espírito de ir se manifestando gradualmente, e alcançando a tão ansiada e buscada felicidade, paz e liberdade.
Que nossos espíritos possam se libertar e alcançar voos aos planos mais sutis da criação, e que ao retornarem destas incursões, nos tragam uma pequena porção de LUZ, AMOR E COMPAIXÃO.
Um pensamento de Marco Cohen