A oliveira é uma planta que carrega grande simbologia. Seja narrada sob a forma de mito, seja citada em livros sagrados ela está associada à paz, à abundancia e ao bem estar.
Sua origem remonta a Era Terciária, anterior, portanto, ao aparecimento do próprio homem, e situa-se na Ásia Menor, provavelmente na Síria ou Palestina, regiões onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do começo da Idade do Bronze. Contudo, em toda a bacia do Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico, sendo também pesquisada sua origem ao sul do Cáucaso, nos altos planos do Irã.
É difícil apurar exatamente quando surgiram as primeiras oliveiras, mas presume-se que tenha sido na Ásia Menor e tudo indica que o cultivo remonta a Síria Antiga, explorado pelos egípcios e armênios. Os povos mediterrâneos iniciaram o cultivo para a extração do azeite por volta de 3.000 a.C..
Entre os séculos VII e III a.C. o óleo de oliva começou a ser investigado pelos filósofos, médicos e historiadores da época por suas propriedades benéficas ao ser humano. Sabe-se ainda que, há mais de 6 mil anos, o óleo era usado pelos povos da Mesopotâmia como um protetor do frio, quando estes untavam seus corpos com ele.
Na Grécia Antiga, a oliveira tinha grande importância, e, em algumas passagens mitológicas, menciona-se a oliveira e sua criação.
Um bom exemplo é a história que conta como o nome da cidade de Atenas foi escolhido. Os deuses Atenea e Poseidon discutiram para saber quem teria a honra de dar seu nome à cidade. Decidiram que quem realizasse o feito mais útil aos humanos teria essa honra.
Então Poseidon golpeou uma rocha com seu tridente e fez surgir um animal útil para a guerra: o cavalo.
Atenea, impressionada com o feito de Poseidon, bateu com a ponta de sua lança na terra e fez crescer uma oliveira.
A própria Atenea ensinou aos futuros habitantes da cidade o cultivo das oliveiras e a extração do azeite.
Passou então a ser adorada como a deusa da agricultura e emprestou seu nome à nova cidade.
Essa história mostra a importância do azeite de oliva para os gregos antigos que o escolheram como um sinal de paz e consideravam sagrados os ramos da oliveira, que eram trançados como coroas e usados pelos vencedores dos jogos olímpicos.
Não se sabe como o cultivo das oliveiras chegou à parte ocidental do Mediterrâneo, se pelas mãos dos colonos gregos ou, ainda anteriormente, pelos fenícios, mas sabe-se que os romanos estenderam seu cultivo a todo seu império, da África a Península Ibérica.
A longevidade relacionada à utilização do óleo de oliva não existe por acaso. A ciência sempre teve um especial interesse por este óleo justamente por sua marcante presença na história. Durante anos de estudos e investigações foram comprovados seus efeitos (principalmente em estudos realizados na década de 50) na prevenção do câncer de fígado e em outras doenças, como, por exemplo, as cardíacas.
Hoje, no mundo inteiro, a produção de óleo de oliva alcança 3 milhões de toneladas. Isto representa 4% da produção mundial de óleos vegetais, e 2,5% da produção mundial de óleos comestíveis e gorduras.
Seus maiores produtores são Espanha, Itália, Grécia, Tunísia e Turquia.
Existem diversos tipos de óleos de oliva espalhados pelo mundo. Cada qual, conforme a região de origem, possui uma personalidade identificada pelo seu aroma e sabor. Somente dentro da Itália, inúmeras são as regiões produtoras. Isto demonstra a diversidade e a presença marcante do óleo de oliva no mundo todo.