Certo dia fiz cinco trabalhos com demasiada pressa, sem paciência para revisá-los. Dois deles ficaram malfeitos, e eu tive de refazê-los. Então refleti e vi que, na raiz daquele mal, havia a tal da “impaciência” e outras falhas que andam de mãos dadas com ela. Nessa hora, eu me perguntei: o que é que está por trás dessas ditas-cujas? Qual a sua origem? Por que às vezes acho tão difícil encontrar tempo até para pensar no melhor aproveitamento do tempo?
Tenho aprendido que o campo experimental para investigações desta índole é ilimitado. Raciocinei e percebi que havia ali o preconceito de que o “tempo” é um bem insuficiente, constantemente a nos escapar.
Segundo a Logosofia, a vida deve ser uma observação constante; é preciso que se mantenha a consciência ativa, que se tenha uma atenção permanente sobre deveres e responsabilidades. E tudo deve ser gradual, contínuo, sistemático, sem interrupção.
Quando estou consciente, eu amplio a minha relação com o tempo e vou libertando-me das projeções mentais da pressão das horas, concentro a minha vida no presente, afasto os pensamentos de impaciência e pressa, conduzo minhas atividades com serenidade e equilíbrio.
O que tenho feito então para liberar um pouco mais de tempo?
Levanto-me mais cedo; reduzo o tempo dispendido com as redes sociais; penso com antecedência o que irei fazer no dia seguinte etc.
Ah, e eis aqui também uma experiência que tem sido uma das mais difíceis de ser realizada: livrar-me da tendência de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo, querendo cortar caminho. Entretanto, essa atuação já me levou a “queimar muitos fusíveis”, não sendo eles adequados para sobrecarga, ou seja, os resultados obtidos não foram satisfatórios.
Compreendi que de nada adianta a impaciência ou qualquer outro pensamento que me possa distrair. Para blindar-me contra isso, tenho refinado minha percepção, criando pensamentos adequados. Vale dizer que meu novo desempenho já está fazendo diferença no meu nível de produtividade.
Um pensamento de Joanita Araújo
Joanita Araujo, professora, servidora pública aposentada, nasceu em Guiratinga–MT, formou-se em Letras Modernas e Pedagogia na FESURV–GO e pós-graduou-se em Língua Portuguesa-Redação na PUC Minas. Estuda e é docente de Logosofia em Taguatinga–DF desde 2008.