Certa vez, um colega de trabalho lançou mão de um conhecido provérbio para justificar o fato de não conseguir mudar uma repetida atitude que, sabia ele, era perniciosa ao vínculo de afeto que nutria por seu pai, afirmando, em tom de lamentação, que “pau que nasce torto até a cinza é torta”.
Sem dúvida, esse dito popular muitas vezes coloca um ponto final nas possibilidades humanas de evoluir e de superar uma conduta, definindo como imutável o destino de uma pessoa.
Certamente, não é o que aquela jovem, prestes a se casar, gostaria de ouvir de seu noivo ao tentar justificar suas atitudes equivocadas. Nem é o que aquele chefe quer ouvir de seu funcionário recém-contratado quando lhe é apresentado o que a empresa espera do trabalho dele.
É desanimador aceitar que não há como mudar seu comportamento, suas características e modalidades. Desanimador para o indivíduo e para as pessoas que com ele convivem. Para que servem então todos os recursos mentais, sensíveis e espirituais com os quais o ser humano foi dotado pelo Criador? Apenas para que se conforme com seus defeitos e viva sofrendo suas inevitáveis consequências, fazendo os demais sofrerem também?
Elementos e possibilidades efetivas de mudança
A Logosofia, ciência criada pelo pensador e humanista Carlos Bernardo González Pecotche, acende uma luz no fim desse túnel escuro da vida humana, ao afirmar que são enormes as possibilidades de mudança da conduta e de edificação de um destino melhor, a partir da realização de um processo de evolução consciente e da aplicação de um método próprio de estudo e de experimentação na própria vida.
Para tanto, apresenta uma original concepção de pensamentos — entidades psicológicas geradas na mente que se constituem em agentes causais do comportamento humano. Para a Logosofia, toda atitude ou realização, positiva ou negativa, foi, em sua origem, um pensamento em estado imaterial na mente e, portanto, passível de ser controlado, modificado e, se necessário, retido antes que se materialize na ação.
É o que ocorre, por exemplo, com aquele bom e pacato cidadão que se vê repentinamente movido pelo pensamento de impulsividade, a reagir de forma violenta — e às vezes até com consequências trágicas — ao ser contrariado em suas convicções políticas, ideológicas, ou quais sejam. Tivesse ele o conhecimento necessário para identificar e controlar o pensamento, ainda em estado imaterial, o destino e as consequências seriam muito diferentes.
Assim como essa situação, inúmeras outras demonstram que é na mente que nascem os problemas humanos, mas é também na mente que se encontram os recursos para solucioná-los, desde que sejam conhecidos e se saiba manejá-los com consciência. Esta é uma das tantas contribuições da Logosofia para a edificação de uma vida mais feliz e de um destino melhor!
Um pensamento de Jorge Nagem