Muitas reportagens surgem nas revistas, jornais e TVs, mostrando a ineficiência da educação. Fala-se em reformular a educação, que ela está ultrapassada. Será? O que fazer? Por onde iniciar? Quando iniciar? Perguntas não faltam, idéias também. Mas porque nada acontece?
Melhorar a educação é iniciar tudo? Ou será verificar onde está a falha.
Na minha opinião, é realmente verificar onde está a falha.
Onde está? No sistema? Nas escolas? Nos mestres? Nos pais? Nos alunos?
Evidentemente, em tudo . Vejamos:
O que é um analfabeto funcional?
O indivíduo que por algum motivo, teve a sua alfabetização comprometida.
Ele não acompanhou a classe com eficiência, isto é, aprendeu pouco e não foi o suficiente para acompanhar as séries propostas pelo ensino curricular. Muitas vezes, eles seguem as classificações das séries,mas não suportam a carga de conhecimentos que tem que adquirir e desistem antes deles terminarem o curso fundamental. Eles vão se distanciando dos colegas, das escolas e procuram uma maneira para as suas sobrevivências e para aumentar a alta estima, fazem o possível para entrar na roda da vida.
É claro que uma porcentagem muito alta, procura métodos não corretos e o caminho está aberto para sua própria destruição.
Voltando à pergunta, “O que fazer por um analfabeto funcional:” ????
Primeiramente, detectá-lo. Fazer uma conexão com ele e deixar claro que algo deve e pode ser feito. Fazer uma pesquisa com cada um para verificar o seu ponto de desvio. Planejar apoio coletivo de alfabetização e saber se direcionar com a individualidade dentro do contexto.Alfabetizá-lo novamente, ele tem que entender o processo da alfabetização.
Acompanhamento por período necessário. Incentivar …
Quando um aluno se dispersa no início de sua alfabetização ,o alfabetizador deve imediatamente verificar o que deve estar acontecendo.Geralmente pode não escutar adequadamente, problemas de visão, déficit de atenção, dislexia, hiperlexia, hiperatividade,hipoatividade, lateralidade, temperamento, transtorno neurológico, dificuldade aparente ou outro motivo…
O importante é que ele deve ser detectado, isto é fundamental para que o conhecimento seja absorvido pelo aluno e que ele se interesse pela nova etapa de sua vida.
Colocá-lo em classes de apoio, com um número grande de alunos e querer fazê-lo entender o que é ministrado na sua série, é querer que ele fique mais confuso e que o desinteresse leve-o ao abandonar a classe novamente. Sem dúvida, ele passará novamente por uma decepção e sua alta estima será novamente abalada. É muito importante que os professores dessas classes sejam capazes o suficiente para elevar o querer e o saber destes alunos. Qualquer deslize… derrota total e definitiva..
Poucos desses alunos vão ter capacidade para se superarem e poucos chegarão às faculdades mas poderão se tornar excelentes profissionais ou até empresários influentes. Por isso não devemos deixar de orientá-los, porque muitos deles possuem inteligência acima da média. E podem usar essas inteligências para um caminho do vício e da sua própria destruição. Mesmo os alunos que pouco se destacarão, ficarão mais felizes ao serem alfabetizados e poderão se estabelecerem em empregos de acordo com suas capacidades. O sonho de cada um é…
SABER LER
O PROFESSOR ALFABETIZADOR TEM QUE TER CONHECIMENTO PROFUNDO EM DISLEXIA. É a base do que fazer por aqueles que tem dificuldade em aprender a ler e só lerão se forem acompanhados por especialistas na área. Eles podem aprender a ler, o tempo deles é completamente diferente dos alunos não disléxicos, mas eles sempre evitarão ler, a leitura nunca será prazerosa para eles. Poderão até ser acompanhados nas salas de aula , por acompanhantes para facilitar em suas cópias. Poderão fazer avaliações orais e diferenciados dos próprios colegas. Dislexia ( artigo no conexaoitajuba).Mas também não podemos esquecer que existem maus alfabetizadores, tem salas de alfabetização que são ministradas por professores não capacitados para tal. A alfabetização é um processo entendível e os alunos quando entendem o processo, automaticamente leem e conseguem escrever o que leem e interpretam com facilidade e alegria.
Os princípios básicos de uma boa alfabetização são as seguintes:
O professor SABER alfabetizar
QUERER alfabetizar.
Ele OUSAR alfabetizar.
CALAR o que dificulta a alfabetização.
Cada alfabetizador deve se preparar para aquela classe que foi a ele destinado. Ele deve se organizar de uma tal maneira que tenha facilidade em expor os seus ensinamentos com conhecimento e com muita sabedoria.Deve seguir um método que seja eficiente e que o domine com eficiência e destreza. Deve já nas férias, saber os nomes dos alunos e saber dos conhecimentos pré adquiridos de cada um. (anaminésia) seria o ideal, mas poucas escolas tem condição de realizar. Seria a solução.
A nossa língua é fonética e isto é fundamental para que realizemos uma ótima alfabetização. Com exceção do “H”, todas as letras do nosso alfabeto possuem sons. Mesmo o H não possuindo som, ele forma novos sons de sílabas como : lh -nh -ch.Isto deve ser respeitado, pois a fonética vem a facilitar de uma maneira admirável, a alfabetização.
Tenho pesquisado muito sobre a noção espacial e fica claro que na alfabetização, ela é muito importante. Temos sempre que manter uma margem em volta das letras, das sílabas, das palavras e das sentenças. Isto facilita a visualização, pois cada indivíduo possui o seu campo visual já determinado ou a definir.
Não devemos economizar papel durante a alfabetização, pois isso acarretará uma visualização inadequada e surgirão atropelos e deficiência na aprendizagem.
Um fator que surge na alfabetização de adultos, por exemplo, é o querer usar a letra cursiva, pois eles acham que tem que ler com a cursiva. A letra cursiva só deve ser ensinada, após a dominância da leitura. Já foi comprovado que a letra de Forma Maiúscula, é a que mais facilita para a leitura. Depois de dominá-la, usaremos a minúscula, só para ler e então iniciaremos o processo da cursiva. Ela tem que ser orientada e realizada em folhas sem pauta, para que os movimentos sejam respeitados e a caligrafia seja perfeita e harmoniosa. Devemos mostrar a eles, que a letra cursiva, não está presente em revistas, livros didáticos ou não, jornais etc… por este motivo ela deve ser ensinada depois, mais no final.
No Método de alfabetização GMP, assim que os alunos entrem na palavração simples, sem dificuldades; passamos para o Método Global, o todo. E a leitura se tornará mais dinâmica, mais veloz e mais bela. Ficando assim mais fácil a interpretação de textos. O prazer de ler deve ser muito estimulado, mas sem dúvida alguma ele deve ser imitado. Principalmente as crianças, imitam o que veem, os adolescentes que veem seus pais sempre lendo, evidentemente lerão mais do que seus amigos que não tem modelo em casa.
Quando estamos alfabetizando analfabetos funcionais ainda com idades até (+ ou -) dez anos, é mais fácil, porque eles aceitam melhor o iniciar do processo.Os adolescentes, já acham que aprenderão sozinhos e que não precisam de ajuda.Com os adultos é diferente, apesar deles desejarem uma velocidade máxima, eles se integram melhor, pois o maior sonhos deles é o de serem … alfabetizados.
Quando iniciamos com uma turma de alfabetização, temos que saber se todos são realmente analfabetos, pois se introduzirmos uns funcionais na classe, sem dúvida, vai dar um desequilíbrio à turma. Temos que realmente saber se todos são analfabetos, a classe deve ser homogenia e o rendimento será obviamente, melhor.
Os funcionais devem freqüentar as suas classes, com professores também especializados e uma programática diferenciada. O sucesso obviamente será maravilhoso e a classe poderá fluir e os estudos irão avançando para que haja condição de séries serem avançadas, mas com sucesso. As classes devem ter no máximo 15 alunos, o que não acontece.
“Para alfabetizar, devemos ter em mente o conhecimento e no coração a sabedoria.”
Repetindo, para alfabetizar temos que QUERER, SABER, OUSAR E CALAR … o analfabetismo.As aulas devem ser dinâmicas, alegres e com retornos adequados. As dinâmicas para desenvolverem atenção, a concentração e a memorização devem ser realizadas constantemente. Tudo que é desenvolvido com eficiência, torna o objetivo alcançado e a realização atingida com determinação e sucesso.
As avaliações para os funcionais devem ser claras, objetivas, determinadas, eficientes e curtas. Eles podem ser avaliados a qualquer momento, sabendo usar as suas condições psicológicas e dos momentos exatos.
Trazê-los às salas de aula, é uma Missão muito importante, mas mais importante é o projetos definido a eles . A objetividade é fundamental, devemos sempre mostrar a eles, o que poderá ser feito por eles e quem desejar, vai conseguir muito na vida.
Quando conseguimos levar um AF ao conhecimento básico da vida e deixá-lo apto a acompanhar uma série, tornamos este aluno em um ser melhor e realizamos sonhos.
Existem muitos AF, mas podemos fazer algo por eles, basta Saber, Querer. Ousar e Calar…
Saber alfabetizar é saber transpor barreiras e dar ao individuo condições de iniciar com propriedade,uma condição mais digna de viver e sobreviver.
Devemos ter consciência de que eles existem e que sem dúvida alguma, algo deve ser realizado, mas temos que colocar a mão na massa e pelo menos tentar amenizar a situação dos analfabetos funcionais. Pais devem ser orientados para perceberem se algo está acontecendo com seus filhos e pedirem orientações na escola. Devem ser participativos, amigos da escola e primeiramente, pais atentos, pois o sucesso de seus filhos pode estar em suas mãos.
Professores devem estar atentos na alfabetização e nas primeiras séries pois estarão preparando futuros bons alunos e isso só dependerá da eficiência de cada um. ATENÇÃO será fundamental para o sucesso de sua classe de alfabetização.
O ideal realmente é realizar projetos para os AF e não deixar mais isso acontecer, isto é, não deixar alunos sem o aprender adequadamente.
Pesquisa Google
15% dos jovens brasileiros não possuem habilidade na leitura e na escrita.(2009)
21% são analfabetos absolutos, de 15 a 24 anos.
Só 1/3 dos jovens brasileiros atingem alfabetização plena, isto é, tem habilidades para a leitura e para a escrita.
Existem analfabetos funcionais fora e dentro das escolas. Temos visto (TV) que até em faculdades tem alunos que não interpretam bem e com escrita abaixo da média.
O incentivo à leitura é fundamental para o sucesso. VAMOS LER…
Ser alfabetizador é saber ler, escrever e entender o que lê ou o que escreve.
SEJA UM ALFABETIZADOR, REALIZE SONHOS.