Problemas com dívidas são cada vez mais comuns e vêm preocupando muitas famílias. Seja por dificuldades relacionadas a crise econômica atual (tal como o aumento do desemprego), seja por falta de planejamento financeiro. A verdade é que grande parte dos brasileiros está “no vermelho”.
Segundo último levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 62% dos brasileiros estão inadimplentes o que representa aproximadamente 40% da nossa população adulta. Em associação, do total de inadimplentes mais da metade (aproximadamente 51%) possui alguma dívida em banco, muitas relacionadas à serviços com altas taxas de juros, agravando ainda mais a situação.
Esta conjunção de fatores traz consequências graves para economia. Os inadimplentes, além de enfrentarem dificuldades em acessar serviços financeiros (tais como impossibilidade de acesso ao crédito ou disponibilidade com taxas de juros elevadas, restrições em cartões de crédito e/ou em lojas de varejo) ainda sofrem impactos físicos e emocionais. Deve-se lembrar ainda que, de outro lado, o setor produtivo também é prejudicado na medida em que as faltas de pagamentos dos consumidores podem prejudicar os fluxos de caixa das empresas.
Superar o endividamento e recuperar, ou mesmo alcançar, uma situação financeira confortável não é tarefa fácil e alguns sacrifícios serão necessários. Por outro lado, algumas dicas importantes podem ser seguidas para auxiliar as famílias a passarem por este processo tão árduo.
A chave para acabar com as dívidas é o planejamento financeiro. Em primeiro lugar, deve-se saber detalhadamente as receitas e os gastos mensais. Elabore uma planilha para realizar este primeiro passo. Nosso programa já comentou como realizar esta elaboração, basta acessar este link:
A partir da informação detalhada do seu fluxo de caixa, você terá a possibilidade de “cortar” alguns gastos menos urgentes e esta economia mensal poderá ser utilizada para pagar as prestações das dívidas existentes. Planejamento financeiro também significa conhecer a sua dívida, você deve saber qual o valor da sua dívida original, pois ela é base para a cobrança de uma série de tarifas e dos juros que acabam aumentando o seu saldo devedor de maneira acelerada.
Em posse dessas informações você estará pronto para negociar, visto que, você já conhece o tamanho da sua dívida e a economia mensal de dinheiro corresponde ao valor da prestação que você poderá pagar por mês, que deve ser proposta por você (para não criar outra dívida após a negociação).
Você pode negociar direto com o seu credor (o gerente do seu banco ou da loja em que você está inadimplente) ou você pode procurar algum mecanismo mais impessoal, caso você tenha dificuldades de negociação. O próprio SERASA possui uma plataforma virtual de negociação de dívidas (totalmente impessoal). Este é o link do SERASA:
https://www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online/feirao/
Além disso, deve-se ressaltar que algumas pessoas acabam entrando em situações mais críticas ao acumularem diversas dívidas diferentes. Para estas pessoas, além das dicas dadas acima, algumas estratégias adicionais devem ser levadas em consideração na negociação.
Conheça detalhadamente todas as dívidas (inclusive os seus custos efetivos, isto é, a dívida original e todas as tarifas e taxas de juros cobradas “em cima” desta divida original), se possível, unifique todas estas dívidas em uma só com o valor da prestação igual ao que você já se organizou para conseguir pagar. Na dificuldade de unifica-las, procure quitar primeiro as dívidas que possuem taxas de juros maiores, deixando por último as com taxas mais módicas.
Por fim, tenha em mente que não adianta se culpar (a parte psicológica é muito importante), é hora de se organizar, ter disciplina e focar no objetivo de alcançar uma vida financeira equilibrada que te trará melhor qualidade de vida. Esperamos que estes passos possam te auxiliar a sair desta situação.
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Nos encontramos novamente em breve para falarmos mais sobre finanças.