No século XVII, Jesus apareceu a uma jovem para transmitir sua mensagem. Nascida na França, Margarida Maria teve uma infância sofrida, pois era órfã de pai e, muito nova, pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer voto à Santíssima Virgem e ser uma de suas filhas religiosas. Começou, então, adorar o Santíssimo Sacramento e ter revelações divinas: “Eis aqui o Coração que tanto amou os homens, até se esgotar e consumir para testemunhar-lhe seu amor e, em troca, não recebe da maior parte senão ingratidões, friezas e desprezos”.
As muitas mensagens insistiram num maior amor à comunhão nas primeiras sextas-feiras do mês e à hora santa em reparação dos pecados da humanidade. A santa, portanto, recebeu a missão de espalhar pelo mundo a devoção ao Sagrado Coração, ofendido pela ingratidão dos homens. Foi perseguida, tachada de alucinada, até que a Providência colocou em seu caminho o jesuíta São Cláudio La Colombière, que lhe deu orientação e conseguiu fazer com que sua mensagem começasse a ser vista com outros olhos.
Pouco a pouco, essa mensagem foi se impondo e espalhou por toda a Igreja. O Papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e Pio XIII recomendou esta devoção. Santa Margarida Maria faleceu aos 43 anos e foi canonizada em 1920.
Eis as promessas que recebeu de Jesus e que encantam a todos quando cantamos nas missas:
Hoje, infelizmente, poucos propagam essas promessas. Se, ao menos, os mais pecadores confiassem no Sagrado Coração, com certeza receberiam graças maiores a cada dia até se tornarem fervorosos devotos. E uma devoção fiel nos leva a expor a imagem de Jesus em lugar de destaque no nosso lar.
Eu O mantenho ao lado do Imaculado Coração de Maria no móvel mais visível da sala de entrada do meu apartamento, porém, ao lado, fica a televisão que transmite as maiores crueldades de todos os tempos. O respeito pela vida do próximo já deixou de ser prioridade; a violência das armas mata inocentes em plena luz do dia; a integridade moral dos governantes não pode ser levada a sério; enfim, o amor está escasso na raça humana! Aonde iremos nós?
Ninguém garante que a camada de ozônio irá nos proteger por mais alguns séculos, nem é possível afirmar que teremos água potável em abundância nas futuras gerações e, muito menos, que os grupos armados serão controlados nos próximos anos! Se não confiarmos na providência Divina, que esperança nos resta?
Somente a fé nos coloca em sintonia com Deus, nos livra dos piores pecados, nos mantém esperançosos em dias melhores, recompõe em nós a paz de espírito e nos ajuda a caminhar com dignidade cristã para um mundo melhor. Sem fé e obras de caridade, nada disso é possível.
Ainda bem que nem tudo é tristeza nos fatos cotidianos. Tanto na televisão quanto na internet, rolam coisas bonitas que nos fazem crescer na fé. Veja este parágrafo:
Não espere um sorriso para ser gentil; não espere ser amado para amar; não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de um amigo; não espere o melhor emprego para começar a trabalhar; não espere ter muito para partilhar; não espere a queda para lembrar de um bom conselho; não espere a dor para acreditar na oração; não espere ter tempo para poder servir; não espere a mágoa do outro para pedir perdão; nem espere a separação para se reconciliar. Não espere, porque você não sabe quanto tempo tem.
Linda orientação, hein! Também o profeta Jeremias disse o quanto é bendito o homem que confia no Senhor; São Paulo afirmou que quem está com Cristo nada precisa temer; São Lucas e outros comprovaram que até no sofrimento é possível ser feliz quando fugimos do pecado e colocamos a nossa esperança em Deus. Estes são os caminhos abençoados que devemos seguir hoje e sempre.