No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chegou à humilde casa do escocês trazendo um nobre – elegantemente vestido – que se apresentou como o pai do garoto salvo por Fleming.
– Eu quero recompensá-lo, você salvou a vida do meu filho – disse o nobre.
– Não posso aceitar recompensa pelo que fiz – respondeu o fazendeiro, recusando prontamente a oferta.
Vendo o filho do escocês na porta do casebre, propôs o nobre:
– Deixe-me levá-lo e dar-lhe uma boa educação. Se este rapaz for como o pai, crescerá e será um homem do qual você terá muito orgulho.
Tempos depois, o filho do fazendeiro se formou no St. Mary’s Hospital Medical School, de Londres, e ficou conhecido no mundo como o notável senhor Alexander Fleming – o descobridor da penicilina.
Mais algum tempo se passou e o filho do nobre ficou muito doente, com pneumonia. Sabe o que o salvou? Penicilina. O nome do nobre? Senhor Randolph Churchill. O nome de seu filho? Senhor Winston Churchill!
Você está surpreso(a)? Acredito que sim, mas principalmente pelo fato de que hoje os personagens são muito conhecidos na história da humanidade, certo? Quantas ‘coincidências’ como essa não acontecem anonimamente no dia a dia?
Na verdade, quem pratica boas obras sem esperar receber bens materiais em troca, sempre é muito bem recompensado. E, sabemos, a recompensa maior vem do céu! O nosso Pai e Criador nos conhece muito bem e sabe se estamos cumprindo ou fugindo da missão que temos pela frente. Afinal, de que adianta passar por este mundo sem ter feito nada em favor dos irmãos necessitados?
As boas obras de Deus podem ser materiais ou espirituais. Se cada um de nós se esforçar e se envolver em ambas, melhor. E é sempre bom lembrar que praticar boas obras aqui na Terra nos garante uma vida eterna no Céu. E não custa quase nada!
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG)