“Doze promessas do Sagrado Coração aos filhos seus que abandonaram o pecado: darei as graças necessárias, diz Jesus, para cumprirem seus deveres de estado. A paz darei às suas almas angustiadas, outra promessa de seu Grande Coração. ‘Ó, vinde a mim vós todos que estais cansados, consolarei em toda vossa aflição’.
Feliz promessa do Coração de Jesus que dá certeza e esperança à própria sorte: ‘Serei refúgio e proteção durante a vida, mas sobretudo na hora de sua morte’. Aos seus devotos, que no amor forem constantes, Jesus promete suas bênçãos abundantes. Abençoará todos os seus empreendimentos, derramará bênçãos em todos os momentos.
Misericórdia, piedade e compaixão, os pecadores em Jesus encontrarão. E um oceano de amor, grande, infinito, abraça o filho que retorna arrependido. Tornar-se-ão as almas tíbias, fervorosas; linda promessa do Sagrado Coração. E as fervorosas subirão rapidamente à santidade, fruto dessa devoção.
Jesus promete abençoar aqueles lares onde estiver exposta e honrada a sua imagem. Dará a graça aos sacerdotes, seus amigos, de converter os corações endurecidos. Terão o nome bem escrito e bem gravado os que buscarem propagar a devoção. E este nome não será mais apagado – ficou gravado no Sagrado Coração.
E no extremo do Amor-Misericórdia, grande promessa para a última hora. É: quem fizer as comunhões reparadoras, não morrerá sem sua graça salvadora. Olhando a cruz nós vemos uma porta aberta: a entrada certa para a nossa salvação! É o Coração de Jesus Cristo transpassado! Ressuscitado! Glorioso Coração!”
Vale a pena decorar os pedidos do Mestre, não? Logicamente que, cantando, a letra se torna ainda mais bonita; e quem pratica a verdadeira devoção ao Coração de Jesus pode ter a certeza de que receberá as graças necessárias para cumprir fielmente sua missão: de pai, de mãe, de filho, de padre, de religiosa, de agente pastoral etc.
Sempre digo que herdarmos o céu ou o inferno é uma questão de opção – e cada um faz a sua! Como já abordei algumas vezes o tema ‘Paraíso Celeste’, hoje escreverei um pouco a respeito do ‘Inferno’ – lugar de tormentos (Lc, 16-28), para onde vão as almas daqueles que morrem na inimizade de Deus.
O texto que segue foi extraído da renomada obra ‘Preparação para a morte’, do grande Santo Afonso Maria de Ligório.
“O inferno é um abismo fechado de toda a parte, onde nunca penetrará raio de sol ou de qualquer outra luz. Neste nosso mundo o fogo ilumina; no inferno, deixará de ser luminoso. O fumo que sair dessa fornalha formará o dilúvio de trevas – de que fala São Judas Tadeu – e que afligirá os olhos dos condenados. São Tomás diz que os condenados só terão luz suficiente para serem mais atormentados; a esta sinistra claridade, verão o estado horrendo dos outros réprobos e dos demônios, que tomarão diversas formas para lhes causarem mais horror.
O olfato terá também o seu suplício. Quanto não sofreríamos se nos metêssemos num quarto onde jazesse um cadáver em putrefação! O condenado deve ficar no meio de milhões e milhões de condenados, cheios de vida com relação às penas que sofrem, mas verdadeiros cadáveres enquanto ao mau cheiro que exalam. Diz São Boaventura que o corpo de um condenado, se acaso fosse atirado à Terra, bastaria com sua infecção para fazer morrer todos os homens.
O ouvido será continuamente atormentado pelos rugidos e queixas dos desesperados. Quando desejamos dormir, é com o maior desespero que ouvimos o lastimar contínuo de um doente, o ladrar de um cão ou o choro de uma criança. Pelo que diz respeito ao gosto, sofrer-se-á fome e sede. O condenado sentirá uma fome devoradora, mas nunca terá nem uma só migalha de pão. Além disso, será atormentado de tal sede que nem todas as águas do mundo bastariam para saciar.
Pela maneira como o condenado cair no inferno no último dia, dessa maneira viverá ali constrangidamente, sem nunca mudar de situação e sem nunca poder mexer pés nem mãos, enquanto Deus for Deus.”
Para nunca conhecer esse lugar horrível, reze assim ao Sagrado Coração de Jesus:
Senhor, eis-me aqui, remido por Teu precioso Sangue. Deixa-me entrar mais e mais dentro desse Coração misericordioso. Deixa-me perceber os Teus sentimentos, o Teu grande amor ao Pai e à humanidade. Que, do Teu Coração aberto, possa emanar o poder da Divindade que, atingindo o meu coração, renove-o totalmente à semelhança do Teu Coração! Amém!
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).