Por André Carvalho Silveira
A semana global do empreendedorismo, que ocorre de 17 a 23 deste mês em mais de 50 países ao redor do mundo, conta também com a participação em peso de Itajubá. A Unifei criou um programa de incentivo ao empreendedorismo que faz parte da campanha nacional ‘Bota Pra Fazer’, a versão brasileira do movimento.
Os representantes de Itajubá no Bota Pra Fazer articulam inovações aos modelos tradicionais de negócio em busca de atividades lucrativas tanto para os empreendedores quanto para o país. Uma das equipes que participa desse movimento e representa a nossa cidade é o time de sustentabilidade da AIESEC em Itajubá formado especialmente para o Desafio de Sustentabilidade da Artemisia deste ano. A artemisia é uma organização presente na França, Senegal e Brasil com foco no incentivo de negócios sociais.
O Desafio consiste em uma competição de casos onde cada caso retrata a situação real de uma organização de terceiro setor brasileira. O caso a ser resolvido pelo time de sustentabilidade da AIESEC de Itajubá refere-se a Arquitetas da Comunidade, uma organização que zela pela qualidade de moradia e espaços públicos na periferia de Campinas-SP. Questões sobre geração de lucro, distribuição do lucro e de valores entre os parceiros do negócio e principalmente uma forma de trabalho que garanta saúde a organização para que o serviço pestado por ela possa perdurar de maneira sustentável, são os principais desafios propostos para o time itajubense solucionar.
O time de sustentabilidade composto por estudantes da Universidade Federal de Itajubá e membros da AIESEC em Itajubá analisou a situação das Arquitetas da Comunidade baseando a proposta de solução em parcerias entre empresas que compõem todas as etapas da construção civil e venda de imóveis. Dessa forma, fornecedores de material de construção, empreiteiras, fornecedores de mão de obra, arquitetos, engenheiros, construtora, corretores de imóveis, instituições de financiamento e todas as empresas que participam de um empreendimento imobiliário colaboram com as Arquitetas da Comunidade. Assim, disponibilizam recursos para o trabalho da ONG e em troca recebem a oportunidade de atuar diretamente na melhoria da qualidade de vida de pessoas menos privilegiadas. Esse fato leva o empreendimento imobiliário a um outro modelo negócio. O modelo de negócio social basicamente propõe um complemento ao objetivo máximo dos negócios convecionais visando além do acúmulo de capital o bem da sociedade.
A aplicação do modelo social de negócios atrelado ao uso de materiais alternativos e ambientalmente corretos na construção civil viabilizam a sustentabilidade de novas e experientes empresas, contribuindo para um mundo mais saudável. É assim que Itajubá marca sua presença em um movimento de âmbito global.