Ao nascer o indivíduo já encontra a vida organizada. O idioma, a religião, enfim, os valores estão formados há séculos.
Segundo Karl Marx: “Para sobreviver, os homens produzem coisas, elaboram idéias, aprovam formas de vida comum, dando origem às instituições sócias: a família, a religião, o Estado, as leis, o mercado de bens, a educação, as condutas morais, entre outras”.
As instituições são formas de organização das práticas sociais consideradas adequadas para atingir determinados fins.
O que fazemos e pensamos, tem sentido, um significado, que é compreendido ou não pelos outros. Repetidas as ações tornam-se hábitos sociais e são incorporadas ao viver. Ex: moda.
Tudo que envolve o ser e o fazer dos homens associados exerce atração sobre nós. A atual sociedade supervaloriza os bens materiais. Impelidos ao consumo.
Anúncios publicitários sedutores nos bombardeiam. Sentimo-nos como reis. Nosso reinado ilusório com apenas compradores em potencial.
Para aqueles que não tem senso crítico, fica difícil perceber a sujeição aos ditames sociais, que padronizam os gostos, homogeneízam as idéias, fazem alguns mais iguais entre si e outros bem diferentes de muitos.
Existem outras formas de o social atrair os homens. A religião traduz-se em práticas que revelam valores sociais considerados necessários para a vida, como obediência às leis, ações solidárias, ritos e cerimônias cheias de simbolismo cultural. Pressão social não é apenas coerção física ou psicológica.
Na sociedade moderna, nascida das transformações que culminaram na Revolução Francesa, o indivíduo é visto como homem (Pessoa privada) e como cidadão (Pessoa Pública). O termo cidadão designava originalmente o habitante da cidade
A república brasileira ainda não conseguiu realizar uma política totalmente democrática. O desemprego, a miséria, o analfabetismo, as formas de violência que afetam a vida de grande parte da população brasileira impedem o exercício efetivo da cidadania.
O grande desafio de assegurar e ampliar o exercício da cidadania em nosso país implica questionar o caráter excludente do nosso modelo econômico.
O voto é um instrumento importante, embora limitado, de participação política. O caminho para discutir e propor uma nova direção à sociedade passa pela vida de cada um de nós, pela nossa participação na organização de movimentos estudantis, comunidades de base, de luta pela moradia, contra o desemprego etc.
A realização humana é um sempre vir-a-ser, um projeto eternamente inacabado. O homem realizado, no sentido absoluto, não existe.
É a busca incessante da realização que permite ao homem transformar o seu meio natural e fazer História.
É na ação transformadora que o homem encontra momentos de satisfação, de realização de seus projetos, mesmo que esteja gerando ansiedades.