Existe uma grande preocupação do Ministério da Saúde quanto à automedicação, cultura comum no Brasil e que representa sérios riscos à saúde das pessoas. A classe médica, bem como a classe farmacêutica tem lutado contra essa prática, orientando as pessoas a procurarem sempre um médico para obter o diagnóstico correto e buscarem a orientação do farmacêutico sobre como tomar o medicamento da maneira correta.
O Coordenador do Curso de Farmácia da FEPI, Professor Valdomiro Vagner explica que determinados medicamentos podem ser indicados pelos farmacêuticos e que esses profissionais são os únicos capacitados a fazer essa indicação quanto aos medicamentos que não necessitam de prescrição médica.
Um grande problema que vem da automedicação é o que ocorre com os antibióticos que, no Brasil, levou-se muito tempo até que o acesso fosse restringido. Como as pessoas tomavam o medicamento de maneira errônea, ele deixou de fazer efeito, obrigando a utilização de remédios cada vez mais fortes.
Além disso, é preciso levar em conta os efeitos colaterais dos medicamentos que variam muito de pessoa pra pessoa e somente um profissional médico ou farmacêutico pode reconhecer e melhor indicar o tratamento à pessoa.
Um medicamento leva de 10 a 20 anos de pesquisa até chegar ao mercado e na sua concepção são investidos milhões ou até mesmo bilhões de dólares. Hoje, com a tecnologia de ponta a disposição, é possível produzir novos fármacos e melhorar os antigos com mais facilidade, tornando-os mais baratos, mais eficientes e com menos efeitos colaterais.
O Brasil, no entanto, tem um grande problema quanto aos medicamentos. Hoje se encontra no mercado brasileiro fármacos, com ou sem controle, que já estão há muito tempo proibidos nos países da Europa e a população não se dá conta disso. Esse é o caso da sibutramina que era vendida sem controle (hoje há certo controle no Brasil) e que é proibida em outros países devido ao risco que ela representa à saúde.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM