Fleury Medicina e Saúde aponta crescimento de 10% no número de solicitações de densitometria óssea para a investigação da osteoporose em homens, entre janeiro e maio deste ano, comparada ao mesmo período de 2007
O Fleury Medicina e Saúde avaliou o número de densitometrias ósseas realizadas no público masculino, entre janeiro e maio de 2007 comparado com o mesmo período deste ano. Os resultados apontam um crescimento de 10%, em média, na procura pelo serviço. Um programa de diagnóstico e tratamento da doença nos homens tem sido feito, desde 2004, pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) – órgão do Ministério da Saúde. Os primeiros resultado obtidos com 712 homens (com mais de 50 anos) revelou que, desses, 19,5% apresentavam a doença. Essa incidência ultrapassou muito a estimada antes do início do serviço que era de apenas 10%.
Segundo Cynthia Brandão, assessora médica da Densitometria Óssea do Fleury Medicina e Saúde, a osteoporose geralmente acomete mais frequentemente as mulheres, principalmente após a menopausa, período em que elas perdem massa óssea. Mas os homens não estão livres do problema. “O índice de mortalidade por fratura de fêmur é maior no sexo masculino, pois essa população parece ser mais vulnerável às complicações inerentes ao problema, em especial a imobilidade que gera incapacidade, dependência, e outros transtornos. O crescimento da doença em homens pode estar relacionado a fatores como o sedentarismo, devido à correria do trabalho, a insuficiente quantidade diária ingerida de cálcio e o consumo de cigarros e bebida alcoólica”, explica a especialista.
O diagnóstico precoce é um dos principais fatores que podem auxiliar o tratamento da doença e, portanto, contribuir com a melhor evolução do paciente. Segundo a assessora médica do Fleury, é extremamente importante que o diagnóstico de redução da massa óssea seja feito antes que o paciente sofra uma fratura. “Desde 1994 a densitometria óssea é o método de escolha para o diagnóstico da osteoporose. Os outros exames, como o raio X e exames de sangue e urina, não são adequados e detectam as conseqüências da doença quando já está numa fase muito avançada”, explica Cynthia.
Sobre a osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea metabólica que resulta da carência de cálcio nos ossos e que acomete um número muito grande de brasileiros, principalmente a partir dos 50 anos de idade. Os pacientes têm uma redução da quantidade de osso (massa óssea) e, portanto, há deterioração da sua qualidade. Os ossos ficam cada vez mais porosos e, após alguns anos, ficam muito mais suscetíveis às fraturas.
Os ossos mais frequentemente fraturados no paciente com a osteoporose são os ossos do punho, as vértebras, as costelas e, principalmente, o colo do fêmur (osso da coxa). Elas acabam limitando muito a vida do idoso – o principal atingido, por isso trazem muitas complicações à sua saúde.
A maioria das pessoas com fraturas no fêmur passa a ter dificuldades de locomoção. Decorrente disso, uma grande parte desses pacientes apresenta complicações circulatórias e infecciosas. Por todos esses aspectos, a fratura do colo do fêmur é uma conseqüência muito danosa da osteoporose.
O impacto da atividade muscular sobre os ossos constitui o estímulo fundamental para a manutenção e o aumento da massa óssea. Por isso, os exercícios físicos aquáticos como a hidroginástica e a natação, ou mesmo aqueles realizados em bicicleta, não trazem os mesmos benefícios obtidos com exercícios do tipo caminhar, correr, dançar, jogar tênis, peteca ou praticar algum esporte coletivo como o futebol, o basquete e o voleibol.
Para que os ossos se beneficiem da ação muscular desenvolvida nas atividades, é muito importante que esses exercícios sejam realizados ativamente, ou seja, com o paciente suportando o seu próprio peso. Dessa forma, nas atividades físicas de solo, tantos os ossos da coluna quanto dos membros inferiores estarão sendo beneficiados.
Considerando a condição física do idoso, o exercício mais indicado para a prevenção da osteoporose é a caminhada, que deve ser realizada por aproximadamente 40 minutos diários, antecedida de um aquecimento e finalizada com um alongamento muscular. A intensidade do exercício físico deve sempre respeitar as condições clínica e cardiológica que devem ser avaliadas previamente.
Fonte: Maxpress