Entenda como o produto funciona com um exemplo simples e dados reais: você depositará R$ 100,00 nos três primeiros meses – R$ 300,00 no total – e, deste valor, apenas R$ 30,00 (10%) entrarão na reserva. Os outros R$ 270,00 (90%) ficarão com o banco. No quarto mês, apenas 30% do depósito serão alocados na reserva usada para devolução. Os 70% restantes ficarão com o banco. A partir do quinto mês, passará a compor a reserva 91,41% do seu depósito. Ainda assim, 8,59% do que você “aplica” ficarão com o banco.
Se você resgatar antes prazo, recebe uma parcela muito pequena se comparada aos aportes que você fez. A correção aplicada ao montante da reserva é a Taxa Referencial (TR), também usada na Caderneta de Poupança. Ou seja, depositar o valor dos aportes na poupança vai render muito mais, uma vez que não há percentual tomado e todo o montante renderá juros.
Repare em quantos cartazes e propagandas sobre capitalização existem nas ruas e agências. É um produto muito lucrativo para os bancos. Os melhores fundos e/ou alternativas de investimento não aparecem em grandes campanhas. Por que será? Você acha que clientes de alta renda compram títulos de capitalização? Trata-se de uma opção destinada à pessoas com pouco conhecimento financeiro.
Se você acredita que tem chances de ser sorteado (o jogo), meus argumentos podem ser esquecidos. A questão é: você já ganhou algo em algum produto deste tipo? Conhece alguém que ganhou? Meu objetivo não é criticar produtos de capitalização, mas deixar de associá-lo ao conceito de formação de patrimônio e investimento.
Importante:os agentes bancários fazem seu trabalho, têm metas a cumprir e trabalham neste sentido. A responsabilidade de aceitar ou não o produto ou de procurar algo melhor é só nossa. Invista em educação financeira.