A crise pode ser definida como uma desorganização do mercado de fatores de produção. Segundo o economista e professor Hector Gustavo Arango, ela envolve a questão do emprego e do capital, com efeitos sobre os indicares macroeconômicos, principalmente a renda. É por isso que muitas vezes a crise é medida com base na queda do Produto Interno Bruto do país. A flutuação da renda, ora aumentando ora diminuindo é perfeitamente normal dentro de uma economia saudável. A crise se caracteriza por ter esse indicador caindo cada vez mais.
O empresário, no entanto, não precisa entrar em desespero. Há maneira de navegar nesse mar turbulento que se tornou o Brasil. Crises são naturais no processo capitalista de produção, mas essa crise que se instalou no país é resultado de uma ação equivocada do Governo, na tentativa de solucionar outro problema, a crise externa de 2008. As duas crises não estão relacionadas como muitos tentam argumentar, a crise atual do Brasil é uma crise própria e depende fundamentalmente do endividamento governamental muito elevado.
A crise impacta a empresa de duas maneiras: na questão da demanda, pois com a renda diminuindo supostamente a demanda tende a diminuir também, tornando o mercado difícil de ligar. Ela também procura o aumento dos custos, um problema sério que teoricamente não deveria estar acontecendo. Como o país está em recessão é de se esperar que os preços caiam, mas isso não está acontecendo, então resta ao empresário avaliar a sua estrutura e fazer cortes, rearranjando o sistema para sobreviver ao período.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM