O polêmico campeonato Carioca com seu regulamento no mínimo extravagante e confuso e com seus grandes clubes com uma grande crise financeira (com exceção do Flamengo) chegou-se a definição de sua decisão com dois jogos que serão disputados nos próximos dois finais de semana.
O resultado ficou mesmo entre Vasco e Flamengo, sendo que o Botafogo este ano nem ameaçou qualquer possibilidade de participação nem nas semifinais e logo ficou para trás. O Fluminense que somente entrou nesta semifinal pela rabeira, não conseguiu superar o Flamengo. O Bangu, que merece elogios pelo seu desempenho ao longo de todo o campeonato, não teve força suficiente para quebrar o paradigma dos clubes pequenos do Rio de Janeiro que dificilmente disputa uma final. Seria muito bom para o futebol carioca que o Bangu continuasse esta evolução até aproveitando este momento difícil que os grandes clubes estão passando, e assim gerar alguma novidade no cenário do futebol carioca.
Assim, mais uma vez teremos o clássico dos milhões. Se o Vasco perder o campeonato, acredito que não acontecerá nada de muito diferente que já tem acontecido em São Januário visto que o técnico a muito tempo tem sido questionado pela torcida, ameaças de greve por parte dos jogadores por salários atrasados (inclusive na véspera do jogo de semifinal) que levou ao afastamento de um jogador. Já no caso do Flamengo, uma derrota e perda do título carioca para seu principal rival, acredito que a pressão vai aumentar demasiadamente para o lado da comissão técnica que já está sendo bastante questionada pelo tamanho do elenco em relação ao tamanho dos resultados. Não pela importância que torcedores e diretoria dão para o campeonato carioca, mas pela pressão que só aumenta no Ninho do Urubu. Uma folha de pagamento cinco vezes maior que seu oponente. Algo que merece reflexão. Assim entram os dois times para essa decisão: uma pressão do tamanho de uma rivalidade histórica entre os clubes.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Bacharel em administração, especialista em qualidade e produtividade; mestre em engenharia de produção e atualmente se especializando em psicopedagogia institucional. Sua coluna é “Crônicas do Professor Ronaldo”.