Olá pessoal!
No nosso painel de Educação Financeira de hoje, vamos tentar responder uma pergunta que o Senhor José Geraldo nos enviou, que é:
“Caros professores do DENARIUS, tenho conversado com algumas pessoas e tenho recebido um retorno positivo em relação ao orçamento das famílias. Essa situação pode ser associada ao resultado da economia?”
Sr. José Geraldo, primeiro queremos agradecer pela pergunta. Ela faz muito sentido no atual momento em que estamos vivendo. Apesar da taxa de endividamento das famílias ser elevada, como comentamos em nosso último painel, há sim um sentimento de melhora no orçamento das famílias.
Em 2023, o Brasil já havia registrado um crescimento de 2,9%, impulsionado pelo desempenho surpreendente do agronegócio e pelo bom desempenho dos setores de serviços e indústria extrativa. No entanto, o último trimestre de 2023 mostrou uma estabilidade, indicando uma desaceleração econômica. Apesar disso, dados preliminares relativo ao primeiro trimestre de 2024, indicam que a economia brasileira continuou a mostrar sinais de recuperação.
Nesses 3 meses de 2024, economia brasileira demonstrou sinais de otimismo. O Banco Central do Brasil aumentou a projeção de crescimento do PIB para 1,9%, valor superior ao previsto. Reportou uma inflação acumulada de 12 meses de 4,50% em fevereiro de 2024, com uma projeção de queda, embora ainda acima da meta estabelecida. E ainda reduziu a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano em março de 2024, refletindo um esforço contínuo para estimular a economia.
Para as famílias brasileiras, este cenário econômico tem reflexos diretos no orçamento doméstico. Em janeiro de 2024, a renda habitual média real avançou para R$ 3.1184, indicando uma melhoria no poder de compra e na qualidade de vida da população. Com a queda do desemprego e a recuperação do poder de compra, espera-se que o consumo das famílias seja um dos pilares da economia em 2024. Apesar dos desafios iniciais do ano, como o pagamento de impostos e despesas escolares, as famílias começaram 2024 com uma intenção de consumo mais forte do que em 2023. Sugerindo confiança crescente na estabilidade financeira e na capacidade de gerenciar os orçamentos domésticos de forma eficaz.
Adicionalmente, esse “cenário otimista” acaba sendo reforçado pelas políticas governamentais. A Lei Orçamentária Anual de 2024, sancionada pelo presidente, promete equilíbrio fiscal e responsabilidade social, com um aumento real no salário mínimo e investimentos significativos em saúde, educação e programas sociais.
Portanto Sr. José Geraldo, há sim um motivo razoável para que as pessoas com quem o senhor tem conversado estejam animadas. Esperamos apenas que o período eleitoral não mine essa expectativa e que o ano de 2024 seja alento às famílias brasileiras, face aos períodos de grande dificuldade que vivemos nos últimos anos.
Esperamos que tenham gostado do nosso painel!
Abraço e até o próximo!
AUTORES:
Prof. Dr. André Luiz Medeiros
Prof. Dr. Moisés Diniz Vassallo