O Golpe do Falso Advogado tem preocupado autoridades em Itajubá, conforme alerta Dr. Kalil Ribeiro, delegado de Defraudações da 2ª DRPC. Nesse esquema, criminosos se passam por advogados de processos reais, muitas vezes já encerrados, e entram em contato com vítimas, geralmente via WhatsApp, usando o nome verdadeiro do advogado registrado no processo. Eles afirmam que a vítima tem valores a receber, mas exigem o pagamento de taxas processuais. As vítimas, acreditando tratar-se de seu advogado, realizam os depósitos, sofrendo prejuízos financeiros. Dr. Kalil esclarece que os golpistas acessam dados públicos, como a natureza do processo, nome das partes e do advogado, para enganar as vítimas, que muitas vezes são pessoas com pouca instrução, aposentados ou de áreas rurais, especialmente aquelas com causas coletivas vinculadas a sindicatos, onde o contato com o advogado é limitado.
Para evitar cair no golpe, Dr. Kalil recomenda desconfiar de mensagens ou ligações solicitando pagamentos, especialmente via WhatsApp, e procurar o advogado pessoalmente no escritório. Ele destaca que advogados não costumam cobrar taxas por mensagens, e a confirmação presencial é essencial. Em Itajubá, a maioria das tentativas foi frustrada porque vítimas, incluindo pessoas menos instruídas, desconfiaram e buscaram contato direto com seus advogados. Na última quinta-feira, a OAB local registrou novas denúncias de advogados cujos nomes foram usados indevidamente, e algumas vítimas relataram prejuízos. Dr. Kalil enfatiza que a informação é a melhor defesa contra o estelionato, um crime em ascensão no Brasil devido à sua baixa pena e ao fato de não envolver violência, tornando-o “seguro” para os criminosos.
Caso alguém sofra prejuízo com o Golpe do Falso Advogado, Dr. Kalil orienta procurar imediatamente a polícia para registrar a ocorrência. Em Itajubá, as vítimas podem se dirigir à sala 26 da 2ª DRPC, onde, se necessário, farão a representação para dar início ao inquérito. Ele explica que recuperar o dinheiro é um processo complexo e demorado, mas a polícia trabalha com esse objetivo. Além disso, Dr. Kalil aconselha evitar clicar em links desconhecidos ou aceitar ofertas vantajosas demais, reforçando que a delegacia está à disposição para esclarecimentos. A prevenção, segundo ele, depende de cautela e informação, ferramentas cruciais para proteger a população contra esse e outros golpes semelhantes.