“Um garotinho tristonho vivia perguntando ao pai quanto ele ganhava por hora de trabalho, mas sempre ouvia a mesma resposta: ‘Não sei, meu filho. Vá brincar que estou ocupado.’ Meses se passaram e a mesma pergunta continuava sendo feita, até que um dia o pai resolveu responder: ‘Ganho quatro reais por hora. Por que quer tanto saber?’ E o menino, falou contente: ‘Sabe o que é, pai, estou juntando dinheiro e só falta um real para comprar uma hora sua. Quando eu conseguir os quatro, podemos jogar bola juntos?’ A partir daquele dia, pai e filho jogaram muito futebol a dois, mas o tempo perdido nunca mais foi recuperado.”
Se pensarmos nos nossos compromissos diários – que consomem quase todo o nosso tempo -, talvez sejamos induzidos a absolver os pais que não participam ativamente da infância dos filhos. Os seus argumentos seriam, por exemplo: temos trabalhado demais; os nossos filhos têm de tudo e se divertem sozinhos; eles nunca reclamaram; estão cheios de amigos e não nos querem por perto etc.
Isso tudo pode até ser verdade, mas, antes de dar a minha opinião, vou contar outra história:
“Sentada no jardim de um orfanato, uma menina brincava sorridente com um punhado de flores que apanhou num canteiro próximo. Ao perceber alguém se aproximando, logo pegou uma rosa e a ofereceu à senhora que chegava para visitar o lugar. Estranhando receber a flor mais murcha de todas, a senhora perguntou à menina: ‘Por que você quis me dar justamente esta flor tão velha?’ E ouviu a resposta: ‘Pra mim são todas iguais porque eu não enxergo. Pode pegar as outras se a senhora quiser, eu já tenho a mais linda flor comigo: é Nossa Senhora, que mora no meu coração!’ E as duas ficaram horas conversando sobre os valores espirituais da vida.”
Após estas duas histórias, ainda é necessário concluir a respeito do principal motivo que semeia a felicidade permanente nos corações de nossos filhos? Se o menino que queria comprar o tempo do pai não o tinha por perto nem por uma hora no futebol, será que era levado à Igreja? E o que passaria na cabeça da garotinha órfã se não lhe tivessem apresentado nossa querida Mãe Santíssima?
Eu só posso dizer que uma grande missão que temos na vida é levar os nossos filhos para junto de Deus. Os pais que não se esforçam em fazer dos filhos dignos cristãos, com certeza, estão deixando de dar a eles o maior tesouro que poderiam possuir na Terra: Jesus Cristo!
A diversão é importante mas passageira, enquanto a religião conduz à vida eterna. Portanto, priorize tempo para ser um bom exemplo às crianças e aos jovens: não falte nas missas; reze o terço; faça caridade; perdoe; trate todos com amor; pague um dízimo justo (não doe apenas uma esmola a Deus); e leve sempre os seus filhos por esses caminhos.
Se isso tudo já faz parte de sua vida, agradeça as bênçãos que tem recebido através da sua fé e continue se esforçando para ganhar o céu; mas, se os seus filhos dão mais valor às coisas materiais e compromissos sociais, pare e pense: é melhor rezar agora até ficar com calos nos joelhos pelo futuro deles ou fazer as contas de quanto lhe custará o tempo perdido?
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG)