Em um momento em que as maiores regiões metropolitanas brasileiras passam por uma crise no abastecimento, o desperdício com vazamentos e mau uso se tornou notícia na televisão. Para o Coordenador da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz e professor na área de genética, imunologia e infectologia, Gustavo Thomazine, essa não é a única preocupação, quando começa a faltar água também começam a aparecer as doenças relacionadas à água.
O Sistema de Tratamento visa deixar a água o mais pura possível para consumo e nesse processo a maioria do agentes patogênicos são eliminados. No entanto, a medida que acontece o racionamento de água a população começa a procurar outras fontes de água que nem sempre são confiáveis. O brasileiro tem a cultura de que a nascente é a água mais pura, mas essa nem sempre é a realidade. A única maneira de ter certeza é através de testes e análises químicas e microbiológicas.
Um procedimento bastante eficaz para a maioria dos patógenos é a fervura da água. Também existem diversas soluções de filtros de cerâmica ou mesmo artesanais que ajudam no processo, além de opções químicas que podem minimizar o risco de contaminação. Muitas vezes a pessoa usa a água de uma fonte por anos, no entanto, neste período de chuva águas barrentas são levadas até ela e propiciam a contaminação, por isso mesmo nessas fontes é preciso cuidado.
Mesmo a água com aspecto cristalino pode estar contaminada. Em Itajubá muitas pessoas possuem nascentes de água no seu quintal e a COPASA alega que não se deve utilizar essa água para consumo humano, já que os mananciais de águas subterrâneos podem sofrer infiltrações da rede de esgoto e se contaminar. Hoje não se sabe a condição da rede de esgoto e principalmente na região urbana a contaminação é bastante provável.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM