Os cinco maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander) são maiores que os 50 principais bancos do final de 2002. Estes cinco grandes bancos têm 70% a mais em dinheiro e em bens e somam juntos 17 mil agências espalhadas pelo Brasil – número que representava a soma das agências dos 50 maiores bancos em 2002. A concentração bancária aumentou.
Como aproveitar a ascensão social e permitir que a população use serviços financeiros de forma sustentável? Ora, seria natural imaginar um cenário em que o relacionamento entre bancos e clientes fosse melhor, com mais informação e aprendizado. Infelizmente, não é o que acontece.
Uma pesquisa do Instituto Data Popular feita com 5000 consumidores de todo país revela que:
A mesma pesquisa identificou um total de 40% de consumidores que exprimiram dificuldades em entender os bancos e seus produtos/serviços. Ora, se observarmos que a maior parte das contas correntes (55%) refere-se a famílias da Classe C, uma conclusão vem à tona: a educação financeira não está chegando a quem mais precisa dela.
As iniciativas de educação financeira ainda são tímidas e o brasileiro comum também tem culpa. São raros aqueles que procuram informar-se sobre preços e diferentes taxas de juros. São raríssimos os que respeitam e balizam suas decisões em um padrão de vida sustentável.
Pense bem: adianta andar de carro financiado, mas fazer questão de abastecer no posto mais barato? Como diz o Prof. Mauro Calil,“em finanças existem aqueles que pagam juros e aqueles que recebem juros”. A diferença? Educação financeira.