O Brasil passa por um momento muito importante para a Previdência Social, entretanto esse momento é marcado por diversas polêmicas e um discurso que simplesmente não fecha por parte dos gestores públicos. Hoje se fala em uma previdência quebrada e por conta disso uma reforma que vai atingir todos os brasileiros está sendo estudada, mas ao mesmo tempo o Governo fala em anistia e perdão de dívidas de grandes empresas. Ora, se a situação está boa o bastante para perdão fiscal, então não tem necessidade de se aplicar uma reforma tão rigorosa para o povo brasileiro.
Para Sérgio Henrique Salvador, professor do curso de Direito da FEPI e especialista em direito previdenciário, a sociedade precisa acompanhar de perto todo esse debate, uma vez que é o futuro do Brasil que está sendo decidido. O cidadão deve cobrar os seus deputados e senadores.
Outro ponto que não está esclarecido é porque os militares estão de fora da reforma. A impressão que fica é que os menos favorecidos estão pagando as contas dos poderosos, mas o que realmente se espera é que uma reforma tão importante seja devidamente debatida.
Esse tipo de decisão não pode ser tomada em questão de poucos meses como está sendo feito. O Governo está pressionando a aprovação e cabe à sociedade resistir e debater. Não se tem as contas claras. Diz-se que a previdência está quebrada e essa medida é necessária, mas não se mostra nada.
É claro que a previdência precisa de reajustes. É evidente que as pessoas estão envelhecendo mais enquanto a taxa de natalidade está caindo, mas idade mínima de 65 anos para homens, mulheres e no Brasil inteiro não parece justo. A forma como a reforma é apresenta não está correta. Da maneira como está esta é uma proposta de restrição, ou seja, o cidadão precisa trabalhar por muito tempo, para receber o benefício lá na frente e mesmo assim ele não será financeiramente tão interessante.
Dada essa situação, diversas instituições já estão entrando na justiça para tentar frear essa proposta.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM