A COPASA está em Itajubá desde 1978 prestando o serviço de abastecimento de água e, desde 1990, cuidando das redes e ligações de esgoto. O Engenheiro de Produção da empresa, Eduardo Fernando de Vasconcelos, explica que o serviço prestado não é imposto à população e que existem clientes que podem abrir mão do fornecimento de água e tratamento de esgoto da COPASA como é o caso das comunidades rurais onde existem fontes alternativas. Ele comenta, no entanto, que é preciso cuidado, ele explica que a COPASA garante a qualidade da água distribuída por ela, o que não é possível quando se utiliza uma fonte alternativa, principalmente dentro da zona urbana.
O Encarregado Geral Operacional, Alencar Manuel Batista Machado, explica que o lençol freático dentro da cidade de Itajubá é raso e hoje em dia ainda existem muitas ligações clandestinas de esgoto. Por isso, uma fonte ou uma mina em casa precisa ser analisada (a COPASA faz essa análise) para atestar a qualidade da água.
A empresa atende a água e esgoto em todo perímetro urbano. Nas zunas rurais, devido a um acordo com governos anteriores, o atendimento foi expandido, atendendo regiões como Anhumas, Ponte Santo Antônio e Ilhéus. A água fornecida no perímetro urbano de Itajubá provém em sua grande parte do Rio Sapucaí.
Embora a questão do esgoto tenha sido amenizada, ainda é muito comum a prática de jogar resíduos de óleo na pia da cozinha. Eduardo explica que 1 litro de óleo contamina 1.000.000 litros de água, o que torna a prática muito danosa e mostra porque deve ser evitada a todo custo. A água do Rio Sapucaí é bombeada até a estação de tratamento da COPASA onde passa por diversos processos, é purificada e então distribuída.
Eduardo também respondeu algumas questões. Quando o cidadão recebe água suja ou tem qualquer dúvida, ele deve entrar em contato com a COPASA através do 115. Sobre o despejo de esgoto diretamente no rio, algumas pessoas não aderiram à empresa e não recebem o tratamento, mas isso não quer dizer q ela possa praticar tal ato. Embora a COPASA não possa obrigar o cidadão a tratar o seu esgoto, outros órgãos podem, já que o ato se configura como crime ambiental.
As ocorrências no Bairro Rebourgeon de falta de água (o fornecimento cessava de manhã e só voltava à noite) ocorria por vandalismo, onde um grupo de pessoas estourava o encanamento. O problema foi solucionado na época, caso isso aconteça, a orientação é ligar no 115 e fazer a reclamação.
A respeito do tratamento de esgoto, o Encarregado de Atendimento Comercial, Denner Gomes Marciano, explica que, se depender da COPASA, o Rio Sapucaí, dentro do perímetro urbano, está limpo, mas que existem esgotos clandestinos sendo lançados no leito e por isso há ressalva sobre a qualidade da água. Os esgotos clandestinos também são responsáveis pelo mau cheiro nas épocas de chuva. Muitas pessoas lançam a área pluvial na rede da COPASA, o que a entope e gera os transtornos.
Sobre a abertura de poços na área urbana, isso é proibido sem autorização e, por conta dos possíveis contaminantes, não é uma prática indicada. Os lençóis freáticos de Itajubá são de péssima qualidade e não próprios para consumo humano.
É de vital importância para o ambiente a parceria com a sociedade, de maneira que a conscientização seja pregada e o que há de novo sendo construído faça de maneira correta. Do contrario, a cidade poderá ficar malcheirosa e o sistema de captação de esgoto pode ser comprometido.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM