O mundo inteiro se emocionou quando viu e ouviu Céline Dion cantar a plenos pulmões, com a sua linda voz intacta, a canção que imortalizou Edith Piaff na França e no mundo todo, Hino ao Amor.
Céline Marie Claudette Dion nasceu em 1968 no Canadá. Foi lançada como cantora por seu empresário René Angélil. Ela foi imortalizada por cantar dois grandes sucessos, os temas do musical A Bela e a Fera e de Titanic.
Céline é a caçula da famíia Dion, a mais nova de 14 irmãos. Nasceu e cresceu na pequena cidade de Carlemagne, em Québec, no Canadá. Seus pais Therese e Adhemar Dion, sempre foram os seus grandes incentivadores. Foi no piano-bar dos pais, que Celine começou a cantar com apenas 5 anos de idade. Aos 12, já tinha uma de suas primeiras músicas compostas em francês, uma das línguas faladas no Canadá, ‘Ce N’etait Qu’um Rêve’, em inglês, ‘It was only a Dream’.
A pequena Céline conseguiu gravá-la com a ajuda dos pais e do irmão Michel. A fita foi enviada para o empresário René Angélil. O nome de René foi achado por Céline na contra capa do disco da cantora popular Ginette Reno. Depois de algumas semanas sem obter resposta, Michel ligou para René e lhe disse que se ele não ouvisse a fita, não saberia o que estava perdendo. No mesmo dia, o produtor ligou para a família Dion para marcar um encontro. Depois de ouvir a garotinha em seu escritório, ele decidiu que a transformaria numa estrela internacional, e para tanto, hipotecou a própria casa para produzir os dois primeiros discos.
Como num conto de fadas moderno e apesar da grande diferença de idade, os dois se apaixonaram como se ambos fossem adolescente, esconderam esse amor de todos os que os cercavam por muitos anos, se casaram apenas em 1994 e tiveram três filhos.
René morreu em 2016 depois de uma longa luta contra um câncer na garganta, com 73 anos. A perda do marido foi traumatizante para Céline. Seis anos depois ela foi diagnosticada com uma doença degenerativa autoimune, a Síndrome de Stiff Person ou Síndrome da Pessoa Rígida.
É uma doença muito rara, afetando uma a cada um milhão de pessoas e vitimando mais mulheres do que homens. Provoca espasmos musculares intensamente dolorosos que vão causando aos poucos a perda da voz e depois de todos os movimentos voluntários.
E foi essa Mulher que prometeu um dia ao mundo que voltaria a cantar e entraria de novo nos palcos “engatinhando, se preciso”, que encerrou a Abertura das Olimpíadas 2024 em Paris, deixando o mundo todo boquiaberto e emocionado com a sua força e resiliência.
E, não fossem as equipes de Cuidados Paliativos que a cercam, já que não existe ainda medicação de ataque à doença, certamente não a teríamos visto no auge e no esplendor da sua Arte.
Por Graça Mota Figueiredo
Professora Adjunta de Tanatologia e Cuidados Paliativos
Faculdade de Medicina de Itajubá – MG