O recente filme estadunidense “Her”, segundo o tradutor “Ela”, retrata esta insanidade com propriedade artística, vale conferir:
A tecnologia que deveria libertar tem estabelecido o medo ao invés da paz, angústia ao invés da serenidade. Antigo e velho são confundidos e a beleza e sabedoria do primeiro são demolidos em função de um “novo” em geral vazio de formas e conteúdos.
Um exemplo observado na medicina são os exames de imagem, cada vez mais sensíveis e justificando eventuais procedimentos “desnecessários”. Como a medicina não é ciência exata, mas biológica, é importante saber que diferentes profissionais podem ter diferentes condutas baseadas em um mesmo exame. Enfim, “faca de dois gumes” que mesmo em mãos experientes podem ferir.
Basear decisões no medo e na expectativa é uma forma caricata de adoecimento social. Lembre-se que recentemente a mídia noticiou casos de famosos que optaram pela retirada profilática de partes do corpo pela expectativa de que poderiam ser acometidos por um câncer! Lembre-se que tais partes retiradas não tinham indícios de neoplasias. A que se prestam alardes desta natureza?
No presente momento, o único seguro que de fato promove cobertura total é tomar a vida em suas próprias mãos, que a autora analisou com maestria na bela obra abaixo:
Cada um tem uma biografia única e a saúde diz respeito a apropriar-se desta biografia. Cuide em não confundir fome de vida com fome de novidade. Caso a confusão já tenha acontecido, veja uma forma de repensar a ansiedade:
Meus votos de que a saúde para o leitor seja realidade e não apenas saudade.