Em uma coletiva realizada nesta quinta-feira (22), a presidente da COPASA, Sinara Meireles, declarou situação de alerta e afirmou não descartar a possibilidade de racionamento e implementação de mecanismos tarifários para inibir o consumo diante do baixo nível de água nos reservatórios. Minas Gerais pode ficar sem água, se não voltar a chover nos próximos meses, afirmou.
O Conexão Itajubá conversou com o presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Sapucaí, Celem Mohallem, sobre a atual situação da bacia e possibilidade de racionamento na região. Segundo o presidente a situação é preocupante tanto nos reservatórios para geração de energia elétrica quanto para abastecimento pública, feito em boa parte do estado de Minas Gerais pela concessionária COPASA.
O cenário é pior em cidades menores que não estão à beira de grandes rios, como é o caso de Pedralva, Maria da Fé, Delfim Moreira, São José do Alegre, Paraisópolis e outras pequenas cidades na Bacia do Rio Sapucaí que já estão dando sinais de problemas de abastecimento, algumas motivadas pela falta de chuva no leito dos seus rios e outras cujo abastecimento se dá por poços subterrâneos. Em São José do Alegre, dos sete poços perfurados, cinco já secaram, conta.
É imperativo que se diminua o consumo de água, para uso doméstico, industrial e também o consumo para irrigação. Motivados pelo que está acontecendo em São Paulo, mesmo sem nenhum tipo de campanha, os itajubenses reduziram seu consumo em 25% que é um sinal importante de conscientização da população, já existe de fato a possibilidade de faltar água na cidade.
Tanto as contas de água quanto as contas de energia elétrica deverão aumentar. O baixo nível dos reservatórios, fez as concessionárias de energia buscarem novamente as termelétricas e em Minas já se atingiu a bandeira vermelha.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM