Meu pai se chamava Antônio
Mas foi Tote a vida inteira
Foi Tote sobremaneira.
Minha mãe era Maria José,
E foi desde sempre Zezé.
Já meu tio José, foi Ieié,
Delfina foi Tusa
Conceição, Soe,
Ana, foi Nana
Maria, Ia
Geraldo, foi Iado
João, Dão.
Joaquim, Finfa.
Todos já se foram com seus nomes.
A vida passa,
As pessoas passam,
Os nomes passam batidos.
Eternos mesmo são os apelidos.