Há uma opinião quase que unanime pela crônica brasileira que o futebol Brasileiro passa sua pior crise de técnicos. Porém, na minha percepção, não é problema somente de falta de bons técnicos nos últimos anos, pois para mim, mesmo antes não tínhamos técnicos com qualidade na função e sim alguns fora da curva como Telé Santana, Claudio Coutinho, Oswaldo Brandão e a partir dai o exercício fica mais difícil. Hoje fica comprovado que os técnicos que atingiram fama e salários milionários foram muito mais pela realidade do mercado interno onde o nível de competitividade não era a mesma de agora, onde os clubes disputam vários campeonatos internos e externos e com a evolução do mercado externo, principalmente português e argentino, os técnicos brasileiros ficaram defasados, pois embriagados pela fama e dinheiro, não estudaram e acompanharam a evolução do futebol no mundo. Veja que a invasão de técnicos estrangeiros não é modismo, mas uma necessidade. Vou mostrar aqui apenas dois exemplos recentes que demonstram a falta de bons técnicos no Brasil. O Corinthians entrou na onda de trabalhar com técnico português e contratou o Vitor Pereira para fazer mágica. Com um trabalho regular, o técnico preferiu deixar o clube dizendo que iria cuidar da sogra (veja que desprezo, com todo o respeito pela sua sogra) e acabou promovendo um técnico da nova safra, uma solução caseira que também não deu certo. Na crise, acabou trazendo um dinossauro que é o técnico Vanderley Luxanburgo que estava a muito tempo sem oportunidades por ser considerado ultrapassado. Os resultados continuam não vindo sendo ele nesse momento o técnico com pior desempenho desde 2008. O Atlético Mineiro trouxe o técnico brasileiro com o melhor ranking dos últimos 10 anos, o técnico Cuca que também não deu certo. Assim resolveu trazer um técnico estrangeiro (Coudet), mas acabou também passando a humilhação, em que mesmo estando com o time no terceiro lugar do Brasileirão, o técnico abandonou o time no vestiário, despedindo dos jogadores mesmo antes de falar com a diretoria. O Atlético vai então atrás de outro dinossauro mor que é o Luiz Felipe Scolari, que já tinha abandonado sua carreira de técnico e ocupava a de diretor técnico do organizado Athlético Paranaense. Algo está muito estranho e interessante para pesquisas sobre essa profissão no Brasil. A final, o problema é da qualidade dos técnicos, ou de gestão dos clubes? onde está a escola de técnicos do Brasil que não lança novos técnicos com qualidade?
Pelo menos essa é a minha opinião!