Muita gente que defende uma grande retaliação militar por parte dos Estados Unidos provavelmente não se envolveria na guerra – com medo de morrer etc.; outros, que falam de paz, vivem discutindo e fazendo inimigos por toda parte. Se todos nós desejamos viver em paz, o que realmente temos feito para unir os povos?
Imagine um poderoso patrão que gritou com seu diretor porque estava com ódio naquele momento. No mesmo dia, chegando em casa, o diretor que foi ofendido gritou com a esposa porque ela estava gastando demais. A esposa, por sua vez, gritou com a empregada que quebrou um prato. A empregada, então, descontou a bronca dando um chute no cachorrinho.
O animal saiu correndo e mordeu uma senhora que atrapalhou sua saída pelo portão da rua. A senhora, furiosa, foi à farmácia e acabou esbravejando com o farmacêutico, porque a vacina doeu ao ser aplicada. O farmacêutico, à noite, gritou com sua mãe porque o jantar não estava do seu agrado.
A bondosa mãe, já idosa, passou a mão nos cabelos do filho, beijou-lhe a testa e disse: ‘Você está muito nervoso, pois trabalhou muito e a esta hora deve estar bastante cansado. Amanhã você se sentirá melhor.’ Abençoou lhe e foi se deitar. Naquele momento, o círculo do ódio se rompeu, pois o farmacêutico encontrou a tolerância, o perdão, a paz e o amor. No dia seguinte, ele acordou alegre e sorriu para todos.
Lembre-se que diariamente você se torna um personagem desta história e também poderá quebrar um círculo vicioso de ódio e vingança. Pense nisso sempre que estiver triste e descontente com alguém, pois, para que o mundo seja melhor, precisamos fazer bem feito a nossa parte a todo momento. É claro que com o Terço nas mãos e Jesus Cristo no coração fica muito mais fácil ter paciência e pregar a paz. Eis um bom exemplo:
Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. Elas lhe faziam muitas perguntas e, algumas, ele não sabia responder. Como pretendia oferecer a melhor educação para elas, enviou-as para passar as férias com um amigo padre – aposentado, que morava no alto de uma colina. Este, por sua vez, respondia todas as perguntas das jovens, sem hesitar.
Muito impacientes por conviverem com um sacerdote sábio, as garotas resolveram inventar uma pergunta que o velho não soubesse responder. Certo dia, uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a irmã: ‘Dessa vez o padre não vai saber a resposta!’
‘O que você vai fazer?’ – perguntou a outra. E a irmã revelou seu plano: ‘Ficarei com a borboleta azul em minhas mãos e vou perguntar a ele se está viva ou morta. Se me disser que está morta, vou abrir as mãos e deixá-la voar. Se disser que está viva, vou apertá-la rapidamente e matá-la. Assim, qualquer resposta que ele nos der, será a errada.’
As duas meninas foram então ao encontro do sacerdote sábio, que rezava o Terço sob um eucalipto na montanha. Uma delas aproximou-se e perguntou: ‘Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me, está ela viva ou morta?’ Calmamente o padre sorriu e respondeu-lhe: ‘Depende de você, querida. Ela está em suas mãos!’
Assim é a nossa vida: o nosso presente e o futuro só depende de nós! Não devemos sempre culpar alguém porque algo deu errado; o insucesso também é uma oportunidade para recomeçar – com mais inteligência e paciência.
É importante termos consciência que somos os maiores responsáveis por aquilo que ainda não conquistamos e, para lutarmos contra as guerras infernais de toda espécie, a Paz de Cristo sempre estará em nossas mãos – como uma borboleta azul! Cabe a cada um escolher o que fazer com ela.
Siga este conselho: ‘Esforce-se para quebrar o círculo vicioso do ódio, reze para que ninguém interfira negativamente nessa sua decisão e você verá lindas borboletas voando por muito tempo.’ Só depende de você!
Prof. Dr. Paulo Roberto Labegalini é engenheiro graduado pela Faculdade de Engenharia Civil de Itajubá, especializado em Matemática Superior pela Faculdade de Filosofia e Letras de Itajubá, mestre em Ciências pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá e doutor em Qualidade pela Escola Politécnica da USP.
É autor de 7 livros e mais de 100 artigos publicados nas áreas de gerência geral, qualidade e educação; professor do Instituto Federal Sul de Minas em Pouso Alegre; e vicentino na Comunidade Nossa Senhora do Sagrado Coração em Itajubá. Confira sua coluna “Mensagens para o Coração“.