Em entrevista ao Conexão Itajubá, a Dra. Renata Duarte fala sobre a hiperdrose, uma condição em que o organismo de uma pessoa produz um excesso de suor, causando um grande constrangimento ao portador. A medicina não esclarece muito bem a causa da patologia, no entanto é provável que exista alguma condição genética associada, uma vez que é muito comum encontrá-la entre membros de uma mesma família.
Questionada sobre o que desencadeia a situação, a Dra. Renata explica que em pessoas que não possuem a patologia o que desencadeia o suor é a necessidade do organismo de controlar a temperatura corporal, diferente da pessoa com hiperiDraose, em que muitas coisas podem desencadear o suor, fazendo com que essa pessoa suar muito em pleno inverno, por exemplo.
Sobre a doença estar ligada à obesidade, a Dra. Renata diz que é preciso saber diferenciar a condição do suor generalizado da hiperiDraose. São coisas diferentes, explica. A hiperidrose em geral é focal, ela ocorre naquela determinada região enquanto que em situações como obesidade e hipertireoidismo, o paciente transpira como um todo, caracterizando uma sudorese generalizada. A hiperiDraose nos casos de obesidade e hipertireoidismo pode ser considerada um hiperiDraose secundária, uma vez que se conhece a causa.
Quanto ao tratamento, existem diversos. O mais utilizado hoje em dia é a aplicação de botox, tema do artigo da Dra. Renata Duarte. Ela conta que em muitas cidades do Brasil e do mundo se tentou resolver o problema através de uma cirurgia no tórax, mas isso se mostrou ineficiente, já que a cirurgia apenas fazia com que a hiperiDraose mudasse de região, efeito conhecido por hiperiDraose compensatória. “O paciente fazia essa cirurgia, aí ele deixava de transpirar na axila e passava a transpirar no pé”, conta.
Hoje se aplica botox na região onde ocorre a hiperidrose podendo até cessar completamente o suor naquela região. É difícil impedir completamente a produção de suor, o mais comum é uma situação em que o paciente passa a produzir uma quantidade mínima, proporcional a condição do ambiente, como uma pessoa normal.
Para fazer a aplicação nas axilas é preciso mapear a área, o que é feito com iodo e amido. Com a reação entre o suor, o amido e o iodo, onde o paciente transpira fica preto e é onde se faz a aplicação.
Ainda que a aplicação se dê nos pés ou nas mãos, a pessoa não perde a sensibilidade. A Dra. Renata explica que mesmo quando há um procedimento incorreto e o medico aplica a toxina muito profundamente o que pode ocorrer é uma alteração na mobilidade, no entanto, isso apenas por um erro médico. Numa aplicação correta, em geral, o paciente não se queixa de qualquer efeito colateral.
A aplicação e tranquila e assim que acaba o paciente já não sente qualquer incômodo e, nas próximas horas ou nos próximos dias ele já começa a sentir gradativamente o suor diminuindo. Para mais informações, leia o artigo “Botox como um “anti-suor”!”. Ou entre em contato com a Dra. Renata Duarte pelo e-mail[email protected]ou ainda pelo telefone (35) 3622 4334.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM