Com o objetivo de evitar o deslocamento dos pacientes para tratamento nos Grandes Centros, o Hospital Escola de Itajubá tem investido na área de alta complexidade. Segundo o Diretor Administrativo Fábio Montanari o hospital pretende oferecer aos pacientes a solução dos seus problemas próxima às suas residências, atendendo Itajubá e região.
O Hospital Escola já está habilitado junto ao Sistemas Único de Saúde como Unidade de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular para realizar os seguintes procedimentos: cirurgia cardiovascular e procedimentos da cardiologia intervencionista; cirurgia vascular; cirurgia vascular e procedimentos endovasculares extracardíacos; e laboratório de eletrofisiologia, cirurgia cardiovascular e procedimentos da cardiologia intervencionista.
Desde outubro de 2014 todas as cirurgias cardíacas já estão sendo realizadas no Hospital Escola e paralelo a isso ainda há a área da neurointervenção, com cirurgias neurológicas de alta complexidade e cirurgias neurológicas minimamente invasivas. Cirurgias de alta complexidade exigem um treinamento diferenciado dos profissionais, com utilização de técnicas, equipamentos e materiais mais sofisticados e com um custo mais elevado que as convencionais.
O credenciamento junto ao SUS começa no município, após o início das atividades no hospital, passa pelo Estado e então chega ao Ministério da Saúde. Para obter o credenciamento há uma avaliação criteriosa que irá envolver desde a infraestrutura oferecida e habilitação dos profissionais até a parte orçamentária. O Hospital Escola já faz procedimentos ligados à oncologia, neurocirurgia de alta complexidade e cirurgia bariátrica e estes estão em tramitação junto à Secretaria de Estado de Saúde para credenciamento.
Fábio Montanari explica que os resultados clínicos das cirurgias minimamento invasivas são semelhantes ou até mesmo melhores que os da cirurgia tradicional aberta. O pós operatório também é melhor, sendo que os pacientes deixam o hospital em bem menos tempo, muitas vezes nem passando pela UTI. Ainda sim há casos em que a cirurgia minimamente invasiva não substitui a tradicional e também por ser uma técnica que faz uso de tecnologia de ponta costuma ser mais cara.
A cirurgia bariátrica está em processo de credenciamento desde meados de 2014 e é responsável por combater a obesidade mórbida através da redução do tamanho do estômago do paciente. O procedimento em si é complexo por não incluir apenas a cirurgia, mas também um acompanhamento médico e ambulatorial, com uma equipe de enfermagem, psicólogos e psiquiatras. São meses até que o paciente esteja pronto para a cirurgia e em alguns casos esse acompanhamento chega a dispensar a necessidade dela.
Pacientes que desejam ser atendidos no Hospital Escola pelo SUS precisam procurar a Secretaria de Saúde do seu município para que ela faça a marcação. Pacientes com convênio particular podem procurar a central de marcação do hospital e agendar seu acompanhamento. Pacientes que são acompanhados por médicos particulares também podem se beneficiar de uma cirurgia de alta complexidade pelo SUS, no entanto ele precisa procurar o caminho do serviço público.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM