Um menino ganhou uma medalha na escola por ser o aluno que melhor sabia ler. Sentiu-se feliz, orgulhoso e, assim que a aula terminou, voltou correndo para casa e entrou na cozinha como um furacão. Olhou para a velha empregada que estava no fogão e disse-lhe:
– Aposto que sei ler melhor do que você.
Vendo o livro de leitura colocado perto de si, a senhora o tomou nas mãos e tentou ler o que podia, gaguejando a toda hora. Terminou por dizer:
– Bem, meu filho, eu não sei ler.
O menino saiu satisfeito da cozinha e correu ao encontro do pai no escritório.
– Papai, a Maria não sabe ler! Eu, que ainda sou pequeno, já ganhei até medalha, olhe só! Imagine ela, já velha, não saber ler; deve ser horrível, né?
Com toda tranquilidade, o pai ergueu-se da cadeira, foi até uma estante e voltou com um livro em mãos. Depois falou ao filho:
– Foi maravilhoso você ter ganho a medalha, mas, agora, leia este livro para eu ouvir.
O garoto o abriu depressa para iniciar a leitura e se surpreendeu ao ver que as páginas continham centenas de pequenos rabiscos. Chateado, exclamou:
– Nossa, eu não entendo nada disso que está escrito aqui!
– É um livro escrito em chinês, meu filho – disse o pai. – Assim como a Maria, você também não pode ler este livro, não é?
Envergonhado, o menino aprendeu a lição que serve a qualquer um de nós. Às vezes, precisamos lembrar que tudo o que não sabemos é muito mais do que aquilo que já aprendemos; ou, para quem conhece a história que contei, bastaria recordar que ‘não sabemos ler chinês’. Porém, só pensa assim quem tem humildade no coração.
Certa época, aconteceu um encontro de professores de Universidades para discutir assuntos relacionados à formação dos alunos – conscientes que precisavam aprender para melhor ensinar. O assunto no dia que participei foi ‘Planejamento Pedagógico’ e, após breve explanação da palestrante, iniciou-se a discussão. Eu era a única pessoa de fora da Instituição e procurei me comportar apenas como ouvinte, embora, por ter sido convidado, poderia também usar a palavra. E foi o que fiz no apagar das luzes, pedindo que os professores refletissem melhor sobre: formação permanente – para o resto da vida! – e educação a distância. Conclui dizendo que vivemos a ‘era da educação continuada’ e não podemos deixar de aprender e ensinar sempre.
E por falar em ver e aprender, você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio? Sabe como ele consegue ficar dormindo sem cair? O segredo está nos tendões de suas pernas: quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Assim, os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar. Quanta sabedoria do Criador, hein!
Pensando na nossa caminhada, se tropeçamos, caímos e temos dificuldades para levantar, a maior segurança vem de um joelho dobrado em oração. Então, quando você estiver num emaranhado de problemas que o fazem perder a paz e a alegria, não se entregue ao desânimo. Lembre-se que, rezando com humildade no coração, aprenderá a solução para qualquer coisa que precisar. E como o passarinho, só desdobre o joelho quando tiver confiança para se levantar.
Se Deus cuida de um passarinho, abençoa todos os animais da Terra e a natureza que os cerca, imagina o que não fará por você, que é um filho amado! Basta pedir com confiança e a graça virá.
Ø Paulo R. Labegalini
Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).
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