Parece coisa de filme de terror, mas infelizmente não é… Acordamos no dia 24/02/2022 com a notícia da invasão de tropas russas sobre o território ucraniano. Longe das questões políticas, isso apenas demonstra que, infelizmente, a população mundial não aprendeu com os erros do passado. Muito nos entristece ver que, apesar de todo aparato tecnológico, infelizmente não evoluímos como seres humanos. Pois em situação de guerra, que sempre perde é a população que, em geral, não ter nada a ver com a disputa. Por isso, nos solidarizamos com todos que estão perdendo com essa situação vexatória.
Associado à essa terrível notícia, os mercados do mundo inteiro se movimentaram para proteger os ativos dessa crise internacional. Ficou clara a associação da alta do preço do barril de petróleo e da cotação do dólar com a guerra. Por isso você deve estar se perguntando: O que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que estão no leste europeu tem a ver com a economia aqui no Brasil?
Bem, como já comentamos em vários painéis de educação financeira, há muito tempo não conseguimos pensar as economias dos países de forma isolada. E, cada dia mais, aumenta a interdependência das economias dos países. Com isso, qualquer alteração no cenário internacional poderá gerar impactos nas economias dos diversos países do Globo.
Em geral, a mídia costuma enfatizar os impactos negativos que as economias podem sofrer. Aqui no Brasil, os especialistas temem uma nova onda de inflação, capitaneada principalmente pela: elevação do preço internacional do petróleo, desvalorização do real frente ao dólar, e aumento do preço dos alimentos. Situação que apenas pioraria o atual quadro econômico da nossa economia, obrigando, consequentemente, um aumento mais significativo da taxa de juros. Situações que podem retardar, ainda mais, a retomada do crescimento econômico e normalização da economia, com a geração de emprego e renda.
Por outro lado, alguns setores econômicos podem se beneficiar dessa situação de guerra. A Ucrânia, assim como o Brasil, tem economia baseada na exportação agrícola, sobretudo de soja, milho e minério de ferro. Com a guerra, é natural uma redução nas exportações daquele país. Isso pode, consequentemente, aumentar a demanda por esses produtos aqui no Brasil, fortalecendo ainda mais as exportações nacionais. O que pode gerar maior lucro ao nosso agronegócio.
Mas essa situação é apenas de curtíssimo prazo, pois em situação de guerra, ninguém ganha. Todo mundo perde. Isso porque para continuar exportando alimentos, o Brasil precisa importar fertilizantes que, essencialmente, são fabricados em terras russas. Se eles se concentrarem na guerra, certamente a produção desses produtos será comprometida e, consequentemente, o preço dos insumos agrícolas também aumentarão. Além disso, a Rússia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, que pode ver as exportações diminuírem significativamente. Essa na exportação pode se refletir em negócios com outros países. caso perdure por mais tempo, a atividade econômica no leste europeu e na Europa como um todo pode ser afetada. País como a Alemanha, por exemplo, pode sofrer muito, pois o país depende fortemente do gás natural fornecido pela Rússia.
É difícil falar sobre problemas econômicos ou mesmo sobre as nossas finanças pessoais, quando vemos que famílias estão sendo devastadas pela perda de entes queridos. Quando crianças são privadas de sua inocência, em detrimento da vaidade e do vício de governantes que não são justos.
Por isso, hoje nos despedimos com um silêncio profundo…