INCIT sedia 1º Workshop Eletromédico Sul Mineiro

Difusão de conhecimento sobre regulação, registros e certificações no Brasil e no exterior para o segmento de equipamentos da área de saúde. Esse foi o principal objetivo do 1º Workshop Sul Mineiro do Setor Regulado de Equipamentos Eletromédicos, realizado na INCIT (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá), nos dias 16 e 17 de outubro. Compareceram ao evento fabricantes de equipamentos da área, gestores das empresas incubadas, representantes do meio acadêmico e usuários dos produtos.

A iniciativa faz parte do Projeto de Internalização de Normas Técnicas no setor de Produtos para a Saúde, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e pelo Ministério da Saúde. O workshop teve ainda o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Grupo de Empresas de Produtos e Serviços para Saúde (GEPSS).

Para a gerente da INCIT, Geanete Dias Morais Batista, realizar o workshop na incubadora foi muito importante para o fortalecimento do polo eletromédico do sul de Minas. “Essa foi a 1ª vez que este evento ocorreu fora de uma capital. Ficamos bastante satisfeitos em participar da organização de uma iniciativa que contribuí para o desenvolvimento dos empreendimentos e da inovação do setor de equipamentos da saúde, não só para as empresas incubadas, mas de toda a região”, disse.

Geanete Batista fez ainda um agradecimento ao empresário Roberto Castro Júnior, diretor de Inovação e Tecnologia da empresa incubada Ventrix e presidente do GEPSS, “pela iniciativa e empenho para realização deste evento”, e a José Carlos T. de B. Moraes e Joffre Moraes “pelas excelentes palestras proferidas”. “São iniciativas como essa que eleva o nome da INCIT e dos parceiros, bem como de Itajubá”, completou.

O presidente da GEPSS, Roberto Castro Júnior, que também é secretário da Comissão de Estudo da ABNT, parabenizou a INCIT pela “exemplar organização” e agradeceu a colaboração e participação de todos. “Foram dois dias de palestras, conversas, formação de redes de contatos e momentos para que todos os envolvidos no setor pudessem esclarecer dúvidas, manifestar opiniões e compartilhar experiências. Isso só foi possível por meio da colaboração dos parceiros, articulação das instituições e disponibilidade dos participantes”, contou.

“Nosso objetivo foi divulgar e atualizar todos os interessados sobre a operacionalização da normalização de equipamentos médicos no Brasil, realizada pela Anvisa e pelo Inmetro por meio de registros e certificações”, explicou Joffre Moraes, Gerente de Estratégia Regulatória da ABIMO e palestrante. Para Joffre, é muito importante incentivar a participação dos empreendedores na formação das normas. “Precisamos qualificar as pessoas interessadas para que tenhamos recursos humanos envolvidos e atuantes na construção do sistema de normas, que vai afetar diretamente os processos e o desenvolvimento do grupo”, concluiu.

Público participativo

Para o palestrante José Carlos T. de B. Moraes, professor da Universidade de São Paulo (USP) e Responsável pelo Projeto de Internalização Brasileira de Normas Técnicas no Setor de Produtos para a Saúde, o evento atingiu as expectativas com a “participação de um público interessado e participativo”. “Abordamos desde o histórico da regulação do setor até as dificuldades e soluções, além de especificar os processos técnicos legais e as normas do setor”. O professor ainda destacou que o mais importante foi preparar os participantes para as “mudanças profundas que ocorrerão na normatização no ano que vem”. “A regulamentação se transforma ao longo do tempo e os envolvidos com o segmento precisam acompanhar essas alterações, sempre se atualizando”, contou.

O sócio da empresa incubada Inovacare, Carlos Rodrigues, parabenizou todos os envolvidos na realização do evento e destacou a importância do evento para o setor. “É fundamental recebermos informações e explicações com as temáticas propostas no workshop. Geralmente os empreendedores tem formação técnica na área e não dominam as questões sobre regulação, o que pode se tornar um grande entrave para a empresa. Também foi muito importante chamar atenção para as mudanças, assim, poderemos ser mais participativos e realizarmos um trabalho conjunto de construção da regulação”, disse.