Para o momento parece que o Kepler 452b ocupa o primeiro lugar em planetas semelhantes à Terra, deixando para trás o Kepler 438B e o Kepler 442b. Ao ler a notícia, o que mais se pergunta é sobre a possibilidade de vida no planeta recentemente descoberto. Difícil saber, pois entende-se que sem água não há vida. No entanto, os astrônomos dizem que por ser maior do que a Terra, ou por causa de sua massa maior, este planeta teria condições de manter água líquida por bons milhões de anos. Assim, tendo-se água, é possível e provável que haja vida. Para um estudo e respostas mais exatas, seria necessário chegar mais perto do planeta, o que é inviável. Eu, pessoalmente, prefiro o mistério. Existirá coisa mais fascinante do que imaginar primos tão distantes de nós?
A literatura, como sempre, vem em socorro de nosso espírito cheio de curiosidade para povoar nosso imaginário com as mais variadas aventuras. A ficção científica pode tudo, desde criar seres com orelhas grandes até robôs que pensam e sentem mais do que os humanos. Minha ficção preferida neste gênero é “O caçador de androides” de Philip K. Dick, que inspirou o filme “Blade runner”, com direito a Harrison Ford no papel principal. Também o livro “Eu, robô”, de Isaac Asimov, é genial! O escritor imaginar lá na década de 30 que um robô seria o presidente dos Estados Unidos é demais! São tantas as histórias que fica difícil até mencionar, mas Júlio Verne não pode passar em branco nem Aldous Huxley com seu “Admirável Mundo Novo”. Até eu própria criei meu conto de ficção científica com a melancólica cientista Elise que deixa sua época em 2.500 para se encontrar com a escritora Jane Scotch em 2015, escrevendo ela própria um conto que constaria do livro de Jane.
Sempre que o assunto de planetas misteriosos com seres extraterrestres vem à tona, não deixo de me lembrar de um espirituoso colega de banco que jurava que um cara de Brazópolis havia sumido do nada no quintal de sua casa, e que todos na família apostavam numa abdução.
Bem, voltando ao Kepler 452b, certamente há muito ainda a ser descoberto nesse infinito e incrível universo povoado de mistérios. Certamente os cientistas e astrônomos encontrarão outros planetas de outras galáxias que talvez sejam ainda mais semelhantes à Terra. O problema é que a Terra pode deixar de ser habitável muito antes dessas descobertas, tendo em vista o desgaste do planeta que corre perigo pela falta de cuidado de seus habitantes. Não haverá tempo.
De qualquer forma, vale lembrar que o anseio maior do homem não é encontrar um possível planeta alternativo para quando a Terra acabar, e sim encontrar um sentido para a vida, que afinal, está dentro de cada um. Uma coisa é quase certa: não estamos sós.