Um professor se encontrou com um grupo de jovens que falavam contra o casamento. Os rapazes argumentavam que o que mantém um casal junto é a atração física e, quando isso se esfria, é preferível acabar com a relação. O mestre disse que respeitava aquela opinião, mas lhes contou o seguinte:
“Meus pais viveram 55 anos casados. Uma manhã, mamãe sofreu um infarto. Meu pai a levou à caminhonete e dirigiu a toda velocidade até o hospital. Quando chegou, infelizmente ela já havia falecido.
Durante o enterro, meu pai não falou e, somente à noite, ele pediu que o levássemos ao cemitério. Não discutimos e fomos. Pedimos permissão ao zelador e, com uma lanterna, encontramos a lápide. Meu pai chorou e disse aos filhos:
– Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com uma mulher assim. Vivemos a alegria de ver nossos filhos terminarem suas carreiras, rezamos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, nos abraçamos em cada Natal e perdoamos nossos erros. Estou conformado porque ela se foi antes de mim, porque não teve que sentir a dor de me enterrar. Sou eu que ficarei sozinho e agradeço a Deus por isso.
Quando terminou, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e, acreditem, era ele que nos consolava! Então, naquela noite, entendi o que significa um verdadeiro amor e o que professam duas pessoas realmente comprometidas com a salvação de suas almas.”
Assim que o mestre terminou, os jovens universitários não quiseram argumentar. Esse tipo de relação era algo que não conheciam e os deixou maravilhados.
E para não me limitar somente a um caso fictício, vou relatar partes da vida de uma verdadeira cristã. Para ela, Natal não acontecia apenas em dezembro, mas o ano inteiro! Leitor, vamos nos inspirar em Maria Antonieta Consoli para comemorarmos com alegria o nascimento do Menino Jesus?
Para Maria, as celebrações preferidas eram o Natal, o Sete de Setembro e o Dia das Mães. Nasceu em Pouso Alegre no ano de 1910 e, ao chegar a Itajubá, lecionou no Grupo Escolar Theodomiro Santiago. Depois, foi nomeada para a Escola de Horticultura, hoje Escola Estadual Wenceslau Braz.
Sua dedicação ao ensino chamava a atenção dos diretores e colegas de trabalho. Tinha respeito pelo Pavilhão Nacional e orgulhava-se de nunca ter deixado de cantar o Hino Nacional antes das aulas. Seus alunos ainda recordam o carinho e a atenção que eram dispensados a cada um, pois não faltava uma pequena lembrança ou alguma guloseima para os mais carentes. Também jamais levantou a voz com algum deles.
Ao aposentar-se, dedicou-se mais aos filhos, netos, trabalhos filantrópicos e religiosos – foi Ministra da Eucaristia. Mesmo com mais de 80 anos, levava a Sagrada Comunhão aos doentes e pessoas incapacitadas de irem à igreja. Seu sorriso era cativante, suas amigas eram como verdadeiras irmãs.
Em novembro de 2004, Antonio Claret, seu filho, veio a Itajubá para se despedir, pois estava de partida para a França – iria participar do casamento do filho Luciano. Maria, então, lhe pediu que fizesse chegar às mãos do Papa um lindo cachecol que ela havia feito com esmero. Mesmo sabendo da provável impossibilidade de realizar a tarefa, Antonio pegou o cachecol e prometeu à mãe que o seu pedido seria realizado.
Após o casamento, Antonio e os vários parentes viajaram para Roma, entregaram o cachecol e uma carta a um dos secretários de João Paulo II. A carta foi escrita em italiano por Maria, referindo-se à sua descendência e dados pessoais.
Em janeiro de 2005, ela recebeu uma resposta em português de Sua Santidade, agradecendo o cachecol e enviando uma benção especial para toda a família. Maria considerou ser este o maior presente que recebeu na vida.
Ela faleceu no dia 1º de julho de 2005, aos 95 anos de idade, perfeitamente lúcida. Hoje, todos aqueles que cruzaram os caminhos de Maria Consoli recordam-se dos momentos agradáveis ao seu lado: declamando poesias, rezando em latim ou francês, e cantando nostálgicas canções italianas. O abraço amigo, as palavras de coragem, de fé, de amor e de carinho foram os alguns frutos deixados por Maria aqui na Terra.
Eu me orgulho de ser amigo de seu filho, Antonio, hoje Presidente do CODPHAI em Itajubá. Pessoa de bem, amoroso com a família e com os amigos, também é referência de inspiração para comemorarmos o Natal com alegria.
E por falar em alegria contagiante, sábado, dia 11, começam os shows no Campus da UNIFEI. O Ballet Bolshoi mostrará porque é considerado um dos maiores espetáculos do país e, durante a semana, ainda tem: encontro de corais (mais de 500 crianças), Jair Rodrigues, Adriana Calcanhoto (infantil) e Banda Sinfônica. As luzes, presépios e mesas natalinas também esperam por você.