Um grupo de crianças brinca próximo a duas vias férreas; uma das vias ainda está em uso e, a outra, desativada. Apenas uma criança está na via desativada; as demais brincam na via em operação. O trem se aproxima e você está exatamente operando o aparelho que pode mudá-lo de uma linha para a outra.
Alterando o trajeto para a pista desativada, salvaria a vida da maioria das crianças, entretanto, aquela que brinca sozinha será sacrificada. Você deixaria o trem seguir o seu caminho ou o mudaria de direção? É preciso tomar uma decisão em 30 segundos. O trem não parará esperando por você!
Acredito que a maioria das pessoas escolheria desviar o trem e sacrificar uma só criança, não é mesmo? Você pode ter pensado da mesma forma: salvar a vida da maioria das crianças à custa de uma só criança é a decisão mais racional – moral e emotivamente. Mas, você pensou que a criança que escolheu brincar na via desativada foi a única que obedeceu aos pais e tomou a decisão de estar num lugar seguro? Justamente ela tem que ser sacrificada por causa dos amigos que escolheram brincar onde estava o perigo?
Além do mais, se a via tinha sido desativada, provavelmente não era segura. Se você desviou o trem para a outra via, colocou em risco a vida de todos os passageiros. Em sua tentativa de salvar muitas crianças sacrificando apenas uma, quem sabe, acabou matando centenas de pessoas!
É bom saber que, ao tomar decisões, certamente não erramos quando seguimos a Palavra de Deus. E se isto é incontestável, tenho um convite a lhe fazer. Dá até para pensar um pouco antes de responder, afinal, o feliz evento que você talvez participe será no próximo final de semana.
Antes de revelar onde acontecerá a grande Festa, temos tempo para esta história:
O carro do Tó pifou enquanto ele passava por um lindo mosteiro. Então, bateu à porta, um monge o atendeu e Tó contou o que tinha acontecido com o carro. O monge o convidou para passar a noite, ofereceu-lhe um ótimo jantar e depois o encaminhou para um pequeno quarto. Tó agradeceu e repousou serenamente até ser acordado por um estranho e bonito som.
Na manhã seguinte, enquanto os monges lhe reparavam o carro, Tó perguntou que som era aquele que o tinha acordado.
– Lamentamos – disse um monge. – Não podemos dizer o porquê do som, afinal, você não é monge!
Tó ficou desapontado, agradeceu aos monges e foi embora bastante curioso.
Alguns anos após, Tó passava novamente em frente ao mosteiro. Parou e foi pedir aos monges para passar uma noite com eles, já que tinha sido tão bem tratado da última vez que lá esteve. Os monges concordaram e ele se dirigiu ao mesmo dormitório que conhecia. De madrugada, ouviu de novo o tal som estranho e lindo.
No dia seguinte, pediu aos monges para lhe explicarem o som, mas deram-lhe a mesma resposta:
– Lamentamos, não lhe podemos falar nada acerca do som. Você não é monge!
Então, a curiosidade transformou-se em obsessão. Ele decidiu desistir de tudo e tornar-se monge, porque era a única maneira de desvendar aquele mistério. Rapidamente informou os monges da sua decisão e começou a longa e difícil tarefa de se tornar religioso.
Dez anos depois, Tó era finalmente um verdadeiro membro da ordem. Quando a celebração acabou, ele rapidamente dirigiu-se ao líder e perguntou pelo som. Em silêncio, o velho monge conduziu Tó a uma enorme porta de madeira.
Abriu a porta com uma chave de ouro; essa porta permitiu a passagem a uma segunda porta de prata; depois, uma terceira de ouro; e depois a quarta, de brilhantes; a quinta de pérolas; a sexta de diamantes; a sétima de safiras; a oitava de esmeraldas; a nona de rubis; a décima, novamente de ouro; a décima primeira, outra vez de prata; até que chegou à décima segunda porta, esta de madeira normal.
A cara do Tó encheu-se de lágrimas e de alegria assim que viu a origem do lindo e misterioso som que ele ouvira tantas vezes. Nunca tinha sentido uma coisa assim. Era uma sensação indescritível! Durante toda a vida tinha esperado por aquele momento; porém, infelizmente, não posso escrever aqui o que emitia o som. Você, leitor, não é monge!
Mas não fique triste por deixar de saber. Um som ainda mais bonito o esperará na missa que será chamado por Cristo. Tomando a decisão certa, você participará da celebração da Eucaristia no próximo final de semana. É o mínimo de gratidão que poderá ofertar a Jesus pela graças recebidas. Não falte e saberá que também fui chamado por Cristo para lhe fazer este convite.