Uma marca que foi construída em 69 anos com muitas alegrias, mas também tristezas e uma emocionante história para ser contada e cantada em versos e prosas. Este não foi apenas mais um domingo no Maracanã. Foi o jogo em que o Flamengo completou a marca de dois mil jogos pisando o mágico tapete verde do templo do futebol. Um casamento mais que perfeito. Parece que um nasceu para o outro, afinal, o que seria o Maracanã sem o Flamengo, e o que seria o Flamengo sem seu templo maior de nosso futebol. A historia de ambos se confunde. Foram 1085 vitorias passeando neste tapete verde, 491 empates e 424 derrotas. Durante esses 2000 jogos muitos ficaram para sempre na memoria de sua imensa torcida. Não posso deixar de registrar uma que eu ainda muito jovem não acreditava que meus olhos estava registrando: foi à noite em que 140 mil pessoas testemunharam o Rei Pelé vestindo a camisa 10 rubro negra cedida pelo rei do Maracanã Zico, que neste jogo vestiu a nove para cedeu a 10 ao imortal.
Muitas histórias repletas de emoções e personagens fantásticos. Mas algumas situações mudaram no Maracanã contemporâneo: Sua capacidade de acolher pessoas reduziu drasticamente em função do conforto e segurança dos torcedores. Como pratica intensiva neste país da corrupção, o Maracanã não conseguiu fugir das garras e volúpia dos políticos desonestos e com isto foi entregue as empreiteiras de plantão da corrupção, fazendo do templo do futebol, o pecado da luxúria e prevaricação, tornando o maior palco que temos em algo inviável de ser utilizado. Os clubes cariocas este ano estão pagando para jogar, ou seja estão somando prejuízos neste atual campeonato carioca. Mesmo o Flamengo que tem enchido o Maracanã de torcedores, não consegue ter saldo positivo, deixando a receita para as empreiteiras que insistem em recuperar a propina gasta com os políticos. Uma triste realidade ao concluir que uma canção que a torcida do Flamengo sempre cantou, atualmente não é mais verdadeira: “o Maraca não mais é nosso”.
Pelo menos essa é a minha opinião!