Por Ronaldo Abranches
Após a saída do técnico Abel que já era muito questionado pela imprensa esportiva e pelos torcedores, muitas expectativas foram criadas com a chegada do novo técnico Jorge Jesus ao Flamengo. Um técnico europeu que teve sucesso em Portugal e com um perfil mais arrojado, rotulado como técnico mais ofensivo.
O técnico iniciou seu trabalho no ninho do Urubu com vários critérios diferentes relacionados à utilização de instrumentos dentro de campo, como também algumas regras fora de campo. Manias ou critérios ignorados pelos técnicos brasileiros. Uma mudança de filosofia de trabalho e de jogo não se faz de uma semana para outra. É necessário dar tempo ao técnico até para conhecer melhor seu elenco e saber o que pode tirar a mais de cada jogador. Também para conhecer a cultura do país e do clube. Aliás, esses fatores foram cruciais para a tragédia em Guayaquil na ultima quarta feira pela Libertadores da América. Sua inexperiência em saber características do torneio sul Americano e dos riscos de fazer muitas alterações em um campeonato com este perfil. Sua atuação neste jogo foi catastrófica. Mas não podemos crucificá-lo neste momento. A escalação do time contra o Botafogo já deu sinais de aprendizado, pois foi mais conservador na escalação, mas nem por isso deixou de empurrar o time para frente. Mas o que nos chama a atenção neste momento é a maldição que caiu sobre a Gávea após inicio de seu trabalho. Em três semanas, os melhores jogadores de seu elenco ficaram de fora em função de contusões: Arrascaeta, Everton Ribeiro, Diego, Vitinho e agora Rodrigo Caio. Ambos, além de serem cérebro do time, mantém liderança sobre o elenco. Quais os motivos dessas contusões neste volume?
Portanto, não é hora de crucificar Jesus, mas após sua chegada, o FLA caiu em maldição.
Pelo menos essa é a minha opinião!