E quando chega uma decisão, por mais que há diferenças de forças entre os times, essas diferenças muitas vezes são engolidas por forças enigmáticas.
Em Minas, o Cruzeiro que vinha desempenhando uma campanha fantástica no campeonato mineiro com um elenco mais qualificados atualmente no Brasil, chegou para a decisão com o Atlético Mineiro como o grande favorito. Mas já aprendemos pela história dos grandes clássicos regionais que as decisões são marcados também por muitas surpresas. O Atlético ontem chegou a estar vencendo o Cruzeiro por 3 X 0. Um placar que neste momento parece exagerado pelo que os dois times apresentaram ao longo do campeonato. Um golzinho do Cruzeiro aos 38 minutos ascendeu novamente as esperanças de sua torcida, uma vez que ele precisa fazer dois gols no jogo de volta para reverter sua vantagem, e assim chegar ao título que parecia tão perto.
No Rio, os dois clubes que venceram a Taça Guanabara e a Taça Rio que foram o primeiro e segundo turnos respectivamente em função de obter o melhor aproveitamento, ficaram de fora da decisão do Carioca. Algo difícil de explicar quando se analisa os conceitos de um regulamento. Mas independente da loucura dos desorganizadores, os clubes que não conseguiram ganhar nenhum turno (Vasco e Botafogo), conquistaram sua vaga na decisão vencendo seus oponentes. Comprovando mais uma vez que quando chega nas grandes decisões, algo muitas vezes fala mais alto do que a teoria ou as tendências. Neste momento entra em campo um novo personagem que era chamado pelo saudoso cronista esportivo Nelson Rodrigues como o “Sobrenatural de Almeida”.
Pelo menos essa é a minha opinião!