Não é a primeira vez que faço comentários sobre a chatice que está se tornando uma das artes que fez o Brasil ser conhecido e elogiado pelos gringos do mundo todo. Além da Música, principalmente o samba, o Futebol era algo que fazia a diferença pela ginga e habilidade de nossos jogadores. A irreverência de alguns que criavam jogadas que levantavam a torcida como nosso inesquecível Garrincha que já chegou até a sentar na bola na frente de seu marcador e nada aconteceu a não ser levantar a torcida pelo improviso, pela ousadia e a saudosa arte do futebol. Isso sim valia um ingresso. Se não bastasse o futebol medíocre dos tempos atuais, temos que aguentar os atletas e cartolas a não aceitar algumas jogadas de efeito de alguns dos poucos jogadores que tem essa habilidade. Isso chega ao absurdo de uma arbitro do futebol dar cartão amarelo ao jogador por fazer uma jogada de efeito como acabou de acontecer com o jogador Mauricio do Internacional, quando árbitro Ramon Abatti Abel aplicou cartão amarelo por ele fazer embaixadinhas no gramado. Eu considero o estádio de futebol um teatro, os jogadores deveriam ser artistas desse espetáculo. Os torcedores compram não somente para torcer, mas para apreciar uma arte. Mas no Brasil isso deixou de ser arte. No jogo desse domingo entre São Paulo x Flamengo o jogador Michael ao matar uma bola com categoria e extrema habilidade, foi prontamente protestado pelos jogadores do São Paulo, gerando muito tumulto, empurra – empurra como se ele tivesse esnobando e desrespeitado o adversário. Desrespeitar é jogar o futebol que muitos jogadores profissionais têm jogado e apresentado aos torcedores a um alto valor do ingresso. Pior ainda é ouvir o narrador da maior emissora de televisão fazer a pergunta: precisa isso Michael? Parece que no Brasil, os valores estão sendo trocados e está proibido o futebol arte. Hoje a mediocridade virou o novo normal, e assim caminha nosso futebol.
Pelo menos essa é a minha opinião!