Por Moisés Vassallo/Grupo Denarius
A conjuntura macroeconômica atual é muitas vezes desestimulante, queda da produção desemprego, endividamento e etc., todas estas questões acabam por inibir o investimento estratégico das famílias brasileiras. Mas elas podem estar perdendo grandes oportunidades por conta disso, apesar da crise econômica, diversas soluções tecnológicas estão despontando como alternativas muito interessantes, por exemplo, no setor financeiro pode-se destacar o avanços das fintechs (tema a ser trabalhado no futuro) e no setor energético pode-se destacar um dos mercados que mais cresce no Brasil, a energia fotovoltaica, vamos a ela.
Define-se por energia fotovoltaica a fonte renovável que converte diretamente a radiação solar em energia elétrica. Sua importância cresce de maneira acelerada no Brasil e no Mundo e isto tem explicação. O movimento é simples, a cada dia cresce o aumento da dependência humana por energia elétrica (afinal, quantas das suas atividades estão associadas a algum aparelho eletrônico) e para atender este aumento de consumo de energia elétrica torna-se necessário também aumentar a geração de energia, como as fontes tradicionais de energia geram uma série de impactos sociais e ambientais há um esforço mundial de utilização de fontes renováveis de energia tal como a como a fotovoltaica.
Você deve estar se perguntado, mas o que eu tenho a ver com isso? E a resposta também é simples, tudo! Desde 2012 no Brasil foi regulamentada a “lei” (resolução normativa) de geração distribuída no Brasil, isto significa que a partir de 2012 qualquer pessoa pode gerar a própria energia ao instalar um sistema fotovoltaico no Brasil. Ao instalar o sistema fotovoltaico a pessoa deixa de pagar faturas de energia para a distribuidora (em Itajubá a distribuidora é a CEMIG), visto que, ela própria gera a energia convertida do recurso solar.
Como já sabemos, no Brasil o recurso solar é vasto e isto aumenta ainda mais a viabilidade do investimento em compra e instalação de sistemas fotovoltaicos residenciais. Isto porque quanto maior a radiação solar disponível, proporcionalmente menor é o sistema fotovoltaico necessário para gerar energia suficiente para atender o consumo de uma residência. É bom lembrar também que esta possibilidade de investimento também contempla os comércios e indústrias.
Grande parte dos brasileiros já enxergou a viabilidade econômica de se investir em sistemas fotovoltaicos (seja para residências, comércios ou indústrias). E este simplesmente foi um dos mercados que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, mesmo com este cenário macroeconômico de crise. Já são 78.805 sistemas fotovoltaicos instalados atendendo mais de 98.548 unidades consumidoras (residências, comércios ou indústrias). O gráfico abaixo exibe esta trajetória de crescimento desde 2012.
Agora que você já enxergou uma possibilidade de investimento, a pergunta imediata é, Mas como realmente funciona este tal mercado de energia fotovoltaica? E incrivelmente a resposta também é simples. O investidor (mais uma vez, pode ser pessoa física ou jurídica) compra um sistema fotovoltaico, composto basicamente por placas a serem instaladas em geral nos telhados disponíveis. Ao realizar esta instalação o relógio de energia se torna bidirecional, isto é, ele coleta os dados de consumo de energia (valor a ser pago para a distribuidora, em minas, a CEMIG) e de geração de energia (valor a ser abatido da conta de energia).
A dinâmica mensal de pagamento da fatura de energia também é simples:
Caso 1 – Se o consumo de energia for maior que a geração de energia do sistema fotovoltaico, paga-se apenas o saldo de energia pendente;
Caso 2 – Se o consumo de energia for igual à geração de energia do sistema fotovoltaico, não se paga consumo nenhum (conta zerada);
Caso 3 – Se a geração de energia do sistema fotovoltaico for superior ao consumo de energia, gera-se um crédito a ser utilizado quando o caso 1 ocorrer.
Vamos dar um olhar mais econômico para este caso, isto é, vamos buscar responder por que é viável realizar este tipo de investimento. Ao se comprar e instalar um sistema fotovoltaico um investimento deve ser realizado (saída de caixa), depois disso, economias mensais com a conta de energia serão verificadas (entrada de caixa) durante aproximadamente 25 anos (tempo de “duração do sistema”). Fica claro que durante a “duração” do sistema fotovoltaico o valor do dinheiro será totalmente recuperado e ainda ocorrerá um excedente de dinheiro.
Este mercado ganhou tanta estabilidade que existem algumas linhas de financiamento próprias para o investimento em sistemas fotovoltaicos. Aqueles que não possuem recursos próprios podem pensar na realização de um empréstimo para a compra e instalação do sistema e o negócio permanece sendo viável. Isto por quê estas linhas de financiamento são formuladas de modo a contemplar 100% do valor do investimento e as prestações são calculadas de modo a serem iguais às faturas de energia, ou seja, você instala o sistema fotovoltaico e continua pagando um valor próximo a sua fatura até acabar o financiamento (não sente diferença no seu fluxo de caixa), com o sistema pago, toda a economia de energia passa a ser alcançada pelo investidor.
Além disso, existem uma série de alternativas de modelos de negócio possíveis nesse mercado, por exemplo, pessoas (físicas ou jurídicas) que moram em um mesmo prédio podem realizar um investimento conjunto (diminuindo o valor do investimento unitário). Ou pessoas (físicas ou jurídicas) podem montar cooperativas e/ou consórcios também para realizar um investimento conjunto no sistema fotovoltaico (diminuindo o valor do investimento unitário).
Não deixe passar uma oportunidade de economia como esta, procure saber mais sobre o tema ao entrar em contato com alguma empresa de energia fotovoltaica. Sempre tenha em mente que, em economia, deixar de economizar é perder dinheiro.
Em breve comentaremos sobre outras possibilidades tecnológicas, até lá!
Prof. Dr. André Luiz Medeiros
Prof. Dr. Moisés Diniz Vassallo
Prof. Dr. Victor Eduardo de Mello Valerio
DENARIUS – Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Educação Financeira
Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG)
Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
O painel de educação financeira é uma parceria do programa Conexão Itajubá com o Grupo Denarius da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
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