Método ainda reduz espaço, além padronizar o adubo
Um novo processo desenvolvido pela empresa Aliança Orgânica, em parceria com a Embrapa Instrumentação de São Carlos, reduz em 50% o tempo de compostagem do lixo orgânico e ajuda a aumentar o tempo de vida útil dos aterros sanitários. O trabalho pioneiro vem sendo desenvolvido na Horta Municipal de São Carlos, a 230 km de São Paulo.
Diariamente, cerca de 40 bares e restaurantes da cidade encaminham ao local entre uma a três toneladas de resíduos orgânicos, que são processados em um espaço de 100 m². Uma parte do fertilizante orgânico desse processo é utilizada na própria horta. Com o novo método, o lixo orgânico é transformado em adubo num período entre 45 e 65 dias. No método tradicional, a compostagem acontece em, no mínimo, 90 dias. Os processos tradicionais envolvem a abertura de leiras a céu aberto, sujeitas às variações do tempo. No novo método, o lixo é abrigado e tem acompanhamento sistemático. “Temos controle muito mais definido do processo, com os níveis adequados de umidade, nutrientes e PH, por exemplo”, explica Márcio Pereira Borali, pesquisador e proprietário da Aliança Orgânica.
“É um produto extremamente nobre”, ressalta Borali. O adubo final passa por um rigoroso sistema de controle, além de receber microorganismos que garantem sua qualidade, sem afetar o meio ambiente. “Com o novo método, tivemos redução de tempo e espaço, além de obter um produto padronizado,
que não gera rejeito”, destaca o pesquisador.
Paulo Mancini, coordenador de Meio Ambiente da Prefeitura e responsável pelo programa da horta, revela que o composto é fornecido para outras hortas sob a coordenação da municipalidade. Para ele, os resultados são excelentes. “Fazemos análise química, que garante a qualidade do produto, tanto do ponto de vista nutricional quanto do ponto de vista da ausência do agrotóxico”, ressalta.
A Aliança Orgânica é uma empresa fundada em outubro de 2003 com o objetivo de prestação de serviço de Gestão Ambiental e Logística Reversa.
Em 2005, estabeleceu parceira com a Embrapa, passando a integrar o Proeta
(Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base Tecnológica Agropecuária e Transferência de Tecnologia).
Fonte: Ex-Libris Comunicação