Televisão e Internet causaram uma revolução no fluxo de informações global desde suas respectivas criações. Hoje se tem acesso a praticamente tudo o que acontece no mundo em tempo real. Por isso às vezes nós achamos que conhecemos o mundo e como ele funciona.
Desde o meu primeiro contato com uma pessoa de outro país, vi que não é bem assim. Temos a tendência de crucificar os norte-americanos pela conduta de seu governo na política exterior, por exemplo. Um pensamento comum no meio estudantil, onde eu vivo. Porém, conheci um professor norte-americano chamado Anderson Clark há 3 anos, eu ouvi ele dizer: please don’t judge the American people by the American government. It’s not because they rule the country that we agree with their actions all the time (por favor, não julguem o povo Americano pelo governo Americano. Não é por que eles comandam o país que nós concordamos com suas ações todo o tempo). Daquele momento em diante, passei a rever os estereótipos que estão em minha mente. Os veículos de comunicação às vezes nos impõem linhas de pensamento. Sempre fui levado a crer, inclusive na escola, que o modelo comunista da China era contra tudo o que é bom. Ao conversar com Jiahui Huang, uma estudante chinesa que veio a Itajubá através da AIESEC, descobri sim que lá, prefeitos e governadores são escolhidos pelo partido comunista e o povo não vota. Que absurdo! Que falta de democracia! Porém, ela me fez pensar: será que isso é tão pior que o que acontece aqui? Onde o candidato que leva mais pessoas à praia num fim de semana ganha o voto delas? Onde aquele que despeja mais santinhos no chão em frente às zonas eleitorais é eleito? Onde a melhor campanha de Marketing leva a presidência da república? A economia chinesa cresceu algo em torno de 10% em 2006, e vem mantendo uma tendência de crescimento há anos. E a economia brasileira?
Pontos de vista à parte, o contato com essas pessoas me levou à reflexão. A conversa com estrangeiros, o choque de realidades e culturas, é algo de um valor que não consigo calcular. E desde que entrei para a AIESEC em 2006 e me tornei presidente da organização em 2007, essa é a experiência que mais me agrega valor. Pois a AIESEC possui como um de seus objetivos a integração dos povos e o internacionalismo através do intercâmbio. E em menos de dois anos tive contato com pessoas até agora de 10 nacionalidades diferentes. Conheci pessoas da Polônia, do País de Gales, da China, México, Inglaterra, Alemanha, Índia, Canadá, Ucrânia e Romênia. Vos pergunto: será que há uma organização em Itajubá que pode me oferecer tamanho crescimento pessoal e pluralidade cultural em tão pouco tempo? Essa é a AIESEC!