A existência do universo é algo extraordinário!
As inúmeras conjecturas (principalmente científicas) sobre as características intrínsecas do universo e, ainda, as tentativas sobre seu entendimento têm acompanhado a história da humanidade. Nessa direção, tem sido o papel da Ciência Física (destacadamente, mas também da Química) o de “senhora” do entendimento das leis e forças que compõem o cosmos.
É certamente difícil (mesmo para um especialista físico de elevada capacidade cognitiva) o entendimento total do universo. São muitas as variáveis envolvidas nas tentativas de ‘descoberta’ do universo físico e, por isso, muitas teorias sobre o surgimento, composição, fim e desenvolvimento do cosmos já foram elaboradas (e muitas ainda estão em elaboração). Sobre isso, podem ser lembradas: A Teoria da Relatividade (de Albert Einstein); os estudos sobre a Mecânica Celeste (de Isaac Newton); as idéias da Mecânica Quântica (de Plank e outros) e; mais modernamente, o desenvolvimento da noção do Universo Inflacionário (de Alan Guth).
Mas, apesar de extraordinários, os ‘corpos’ que compõem o universo são inertes. Planetas, satélites, elementos químicos, etc. são partes importantes e constitutivas do universo (estudados pela Física e pela Química) e são (todos eles) “não vivos”.
O universo é extraordinário. No entanto, sublime é a vida!
Como resultado da compreensão física do universo, pode-se dizer (deduzir e perceber) que as leis e forças naturais fizeram surgir algo de extremamente sublime: a vida.
A vida, resultado do comportamento do universo (‘filha de suas entranhas’), é tão complexa e sublime que até mesmo sua definição (e, claro que também sua compreensão) é difícil. O surgimento da vida fez nascer, por sua vez, uma área científica destacadamente destinada à sua compreensão – a Biologia (aqui, também com a companhia da Química – em sua versão orgânica).
Também nessa seara (a da vida) surgiram muitos pensadores, teorias e estudiosos. Podem-se destacar, dentre outros: Hipócrates (e os estudos sobre a medicina humana); Charles Darwin (e a noção da evolução das espécies); Gottfried Reinhold Treviranus, Jean-Baptiste Lamarck, Karl Friedrich Burdach e Michael Christoph Hanov (que introduziram, de uma maneira ou de outra, os estudos biológicos em suas mais variadas vertentes).
No entanto, mais uma vez (e por mais que se possa ficar estazeado pela maravilha, beleza e leveza da vida de uma planta, animal ou outro organismo qualquer), tem-se que perceber que todos eles são “desprovidos de razão”. São todos eles incapazes de percepção cognitiva e de análise racional.
Por outro lado, o ápice do desenvolvimento da vida é o ser humano! O ser humano está no topo da ‘pirâmide evolutiva do universo’ e é o símbolo maior da racionalidade, destacadamente científica/metodológica.
O ser humano, na sua tentativa de sobreviver dentro do universo físico, descobre-se e “descobre” as leis físicas, biológicas e químicas. Mas, esse mesmo processo de relação entre o ser humano, a natureza e a produção de bens que saciam as necessidades humanas, descobre e desenvolve a única ciência que tem como objetivo fundamental o de entendimento do ser humano realmente ser humano: “o homem racional em seu processo produtivo econômico”. Essa ciência angular é a Ciência Econômica.
A propósito, o método de investigação da Ciência Econômica (como de certo de todas as ciências) é fruto e reflexo das relações reais entre ‘o objeto e o investigador’. Nessa direção, as leis e teoremoas econômicos são frutos objetivos da lógica econômica (seja ela materialista-dialética ou marginalista/individualista). Aqui (na Ciência Econômica), não há espaços para “discussões vãs”. Assim, os resultados econômicos só podem ser “duvidados” ou discutidos a partir de suas gêneses (seus axiomas). Não há espaços (no ‘corpo’ das várias vertentes da Ciência Econômica) para “achismos” inconsequentes ou emoções sem razão. Além disso, deve-se lembrar que o número de variáveis a analisar na economia é “astronômico”. A complexidade cósmica é, certamente, menor do que a complexidade econômica.
Logo, se por um lado a Física é a ciência do universo (extraordinário) e a Biologia é a ciência da vida (sublime); por outro lado, a Ciência Econômica é a ciência da mais extraordinária, sublime e racional espécie que já surgiu (e que se tem conhecimento): a Ciência Econômica é a ciência do ser humano!
Assim, as tentativas de entendimento do comportamento racional/econômico/produtivo do ser humano (base dos estudos da Ciência Econômica) são os estudos, portanto, do próprio ‘ápice da evolução do mundo real’. Logo, a uma ciência tão importante, deve-se admiração, reverência e, obviamente, a tentativa, em todos os momentos, do alargamento de suas fronteiras (diga-se, do alargamento das fronteiras do conhecimento sobre o ser humano – o único ser vivo capaz de perceber, entender e modificar o universo que rodeia a ‘toda totalidade’).
Todas as vertentes da Ciência Econômica (dos estudos Neoclássicos, Marxistas, Keynesianos, Schumpeterianos, dentre outros) cumprem o papel (de importância histórica fundamental) de entendimento das formas pelas quais o ser humano (no processo de produção material) transforma a ‘natureza’ e, consequentemente, transforma a si próprio. Essas transformações terminaram por mudar, continuam mudando e continuarão a mudar ‘a face da Terra’ (e também a compreensão sobre o extraordinário, o sublime e o ápice racional).