Por motivos de compromissos em Itajubá, não fiz valer meu direito como sócio patrimonial do clube para votar naquele que acabou sendo o vencedor do pleito: o candidato da oposição Rodolfo Landim, vencendo por uma boa margem de 792 votos sobre Ricardo Lomba, candidato do atual mandatário Eduardo Bandeira de Melo. Bandeira deixa o clube com uma situação no mínimo pitoresca, visto que ele foi o protagonista de algo inimaginável para um clube brasileiro: salários em dia, uma estrutura invejável para a realidade do futebol brasileiro, dividas equacionadas de um montante aproximado de 750 milhões (que era considerado impagável); um clube que implementou tecnologias de ponta aplicadas ao futebol, uma infraestrutura de primeiro mundo, com intenso e estratégico investimento nas categorias de base. Tudo isso nos seis anos de mandato. Algo que merece uma estátua em sua sede. Mas o que vimos foi algo bem diferente, tais como fortes críticas dos adversários políticos, vaia da torcida e constrangimentos em áreas publicas. Mas como pode uma pessoa promover tantas transformações positivas em uma entidade como a do Flamengo e sair desta maneira?
Qualquer situação seria difícil de explicar, se não fosse ao futebol que mexe com a paixão das pessoas e a paixão é um sentimento não racional, pois os torcedores desejam títulos expressivos, algo que na gestão do presidente Bandeira de Melo não houve, exceto no titulo da Copa do Brasil em 2013. Tanto que o cheirinho foi à tônica de sua gestão.
Mas o improvável aconteceu. Resta que esta equipe que inicia em janeiro, aproveite a estrutura deixada por Bandeira de Melo e as transformem naquilo que a torcida se alimenta que são títulos que sobreponha seus grandes rivais, que enlouqueça seus torcedores de emoções, que façam levantar nas manhãs de segunda com a autoestima elevada, mesmo algumas vezes não sabendo se haverá almoço. Como disse o presidente do Atlético Mineiro Alexandre Kalil no momento que o Flamengo estava se organizando: “O Flamengo organizado será imbatível“. Falta Pouco, quem viver verá!
Pelo menos essa é a minha opinião!